Comprou de “boca”
No serviço público, em nome da “urgência” alguns gestores terminam se complicando. O caso mais recente é o do diretor do Hospital de Base Ary Pinheiro, Jean Negreiros. Ele comprou uma fortuna em próteses e contratou serviços de manutenção, limpeza e comprou produtos sem licitação, sem contrato, sem nenhum papel assinado, comprou como se diz por aí “de boca” e está tendo que se explicar junto ao Ministério Público.
O caso
Durante o “mutirão ortopédico” realizado pelo governo foram necessários comprar centenas de próteses ortopédicas e o Hospital de Base foi às compras em duas empresas, a Marquimed e a Socibra. A primeira detalhou com riqueza todos os produtos vendidos, número de lotes, data de entrega e até quais pacientes foram atendidos com os produtos. Já a segunda não apresentou nada e o contrato gira em torno de R$ 5 a R$ 6 milhões e é essa compra que está dando problemas.
Ministério Público
O Ministério Público do Estado entrou na questão quando estranhou o volume de material comprado sem nenhum tipo de contrato licitatório, afinal era muito dinheiro. O processo 171200699-00/2011, que deveria especificar o material entregue, com numeração de lotes e listagem de pacientes atendidos não tem nada. Só diz que foram vendidos produtos ortopédicos sem nenhuma especificação. Jean Negreiros já foi chamado ao Ministério Público e afirmou que devido a urgência “não deu para fazer esse detalhamento”.
Mas
O promotor Geraldo Henrique quer saber por que a Marquimed conseguiu e a Socibra não, já que os processos foram feitos quase que simultaneamente. O promotor pretende investigar por amostragem quais os pacientes que foram atendidos com as próteses fornecidas pela Socibra. Um parecer da Procuradoria Geral do Estado já foi encaminhado ao Tribunal de Contas e a recomendação é que a Socibra só receba o restante do pagamento, cerca de R$ 1 milhão, se forem comprovadas todas as exigências.
Boa fé
O Ministério Público partiu da premissa que o diretor do HB agiu de boa fé e vem tratando a questão com paciência. O promotor entende que existiu a necessidade de comprar as próteses e ainda a urgência, tendo em vista o mutirão que estava sendo realizado, levando em consideração ainda os altos índices de acidentados. Mas ele quer os detalhes dessas compras e principalmente entender como uma empresa consegue detalhar todas as vendas e a outra não apresenta nenhum tipo de organização em um negócio tão vultoso.
Aliás
A coluna não teve acesso a números oficiais, mas pelo “olhômetro” e dados referentes ao imenso número de acidentes envolvendo motocicletas na Capital, presume-se que Porto Velho deve ocupar um bom lugar no ranking nacional de pernas, braços e costelas quebradas. Quem anda pela cidade pode testemunhar diariamente pelo menos dois acidentes. Essa é a média que vejo, e olha que eu ando pouco. Vender prótese por aqui deve ser um excelente negócio.
Bolo
A secretária de Transporte e Trânsito de Porto Velho, Rosa Maria das Chagas agendou entrevista por duas vezes com estudantes do curso de rádio jornalismo da Fundação Rede Amazônica e nas duas oportunidades furou, demonstrando total desrespeito com os futuros profissionais de comunicação. Entre os dias 27 e 30 de abril os alunos entrevistaram 128 usuário do sistema de transporte público municipal, quando perguntados sobre a qualidade do serviço 98% disseram achar "ruim" ou "péssimo" e eles queriam uma resposta oficial sobre alguns questionamentos. Pelo visto vão continuar esperando.
Família
O deputado estadual Marcos Donadon vem demonstrando “ter moral” junto ao governo. Além de sua esposa, que atualmente está lotada na Sead, sua cunhada e sogra também trabalham no governo. Agora por último, mais precisamente no Diário Oficial do Estado do dia 03, foi publicada a nomeação de seu irmão, Josué Donadon como “Secretário Executivo Regional” em Vilhena com CDS 18.
Descaso
O IPHAN realmente vem “andando” no que diz respeito a manutenção do patrimônio histórico de Rondônia. No Real Forte Príncipe da Beira situado na cidade de Costa Marques o abandono é gritante. Para se ter uma ideia, durante uma visita oficial ao local alguém teve a brilhante ideia de demonstrar que um dos canhões ainda funcionava e ordenou seu carregamento. Carregaram pólvora demais e o canhão partiu, perdendo-se para sempre uma peça de valor inestimável. O canhão continua abandonado no local, assim como todo o forte.
Mais violência
Na semana passada a coluna falou sobre os alarmantes casos de violência contra a mulher que são registrados por essas bandas. Por coincidência o Fantástico, programa dominical da Rede Globo, apresentou reportagem sobre esses índices em todo o Brasil e Rondônia segue a tendência. E no mesmo domingo, um policial militar resolveu que já que sua ex não queria ficar com ele, também não ficaria com mais ninguém e executou a mulher e um jovem militar do exército em Humaitá (AM) que dava carona para a mulher. Um verdadeiro absurdo. E ele ainda contou com a ajuda de um amigo.
Primeiro passo
Com a Veja em suspeição devido as relações entre seu editor regional e Carlinhos Cachoeira a companheirada aproveitou o embalo para dizer “nós tínhamos razão, a Veja faz parte da imprensa golpista” e agora já pensam em trazer à baila a discussão sobre a criação do tal conselho de imprensa. Uma verdadeira aberração contra a liberdade de imprensa e principalmente, o primeiro passo para a estatização da mídia, sonho de qualquer petista que se preze. Mas vale lembrar que, independentemente de quem ou como tenham sido passadas, as informações estavam corretas. Tanto estavam que culminaram no Mensalão. Vale lembrar que Cachoeira atuava em todas as frentes, principalmente junto ao governo federal.
No Senado
O Conselho de Ética do Senado abriu nesta terça-feira processo disciplinar contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), o que pode levar o parlamentar a perder o mandato. Com o início do processo, o conselho passa a investigar formalmente a ligação do senador com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Por unanimidade dos 16 membros, os integrantes do conselho acataram relatório do senador Humberto Costa (PT-PE) que pede a abertura do processo. O único a não votar foi o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), que só opina em caso de desempate.
Contatos
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Quem frequenta áreas verdes tem menos alergia e asma
As pessoas que vivem em contato com áreas verdes têm menos propensão a desenvolver asma e alergias, dizem pesquisadores finlandeses. Eles descobriram que bactérias boas para a saúde do homem aparecem em maior abundância em locais não urbanizados. A microbiologia fortalece o sistema imunológico, descreve o trabalho recém-publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS).A pesquisa se baseou em amostras de 118 adolescentes do leste da Finlândia. Os que vivem em fazendas ou em florestas tinham mais diversidade de bactérias na pele e menos alergias. Entre as bactérias, um tipo de Gammaproteobacteria, chamada Acinetobacter, estaria fortemente ligada ao desenvolvimento de moléculas anti-inflamatórias. Por isso, Hanski defende a criação de áreas naturais e espaços verdes dentro das cidades, além de reservas naturais fora das áreas urbanas.