Evento destaca a EFMM como a “Ferrovia de Deus”

Evento destaca a EFMM como a “Ferrovia de Deus”

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Foto: Divulgação

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Uma solenidade emocionante marcou os 100 anos de conclusão da Estrada de Ferro Madeira Mamoré e iniciou um movimento para desmistificar a EFMM como a “ferrovia do diabo” e sim como uma estrada que melhorou a qualidade de vida de pessoas, pacificou conflitos com a Bolívia e impactou no desenvolvimento de Rondônia. Segundo os historiadores, a ferrovia foi concluída em 30 de abril de 1912, com a fixação do último dormente com um prego de ouro. A inauguração oficial ocorreu em 30 de agosto.

A solenidade foi promovida pela Academia Guajaramirense de Letras (AGL) no plenário da Câmara Municipal e contou com alunos de escolas de Nova Mamoré, município localizado 42 km distante, mas nenhum de Guajará Mirim, embora convidados. Além de pronunciamentos, o evento teve apresentação da música “Ferrovia de Deus”, do artista regional Tani Melhem e entrega de diplomas de Honra ao Mérito aos pioneiros que construíram e/ou trabalharam como funcionários na Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
O Presidente da Academia de Letras, Paulo Cordeiro Saldanha fez um relato do que representou a Estrada de Ferro como agente implantador de cidades e núcleos e da integração de povoados isolados e renegados “Por quê aceitarmos passivamente a mística de obra macabra se ela valeu como Ferrovia dos homens! Valeu como Ferrovia que viveu várias existências! Valeu como querida Mãe dadivosa, como instrumento de integração! Valeu como Estrada da Redenção! Valeu, como Ferrovia da Vida! Valeu como Ferrovia de Deus”!, questionou Paulo Saldanha
O Acadêmico Simon Santos relatou fatos emocionantes da ferrovia e o Vice-Presidente da Academia de Letras de Rondônia, Professor William Harvely Martins, criou lindas imagens para parabenizar os presentes. O Coronel Rui Vaz Barbosa, Comandante do Sexto Batalhão de Infantaria de Selva, demonstrou a sua emoção por participar o evento.
O Presidente da Academia de Letras de Guajará Mirim, Paulo Saldanha, informou que a entidade iniciará ações para resgatar a imagem da ferrovia, que só é lembrada pelo número de mortes na obra. “A população precisa conhecer os benefícios desta ferrovia e a importância que a obra teve no desenvolvimento de Rondônia”.
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