BANZEIROS - Complexo Madeira Mamoré sofre ação erosiva do rio Madeira, Mirante 1 pode desabar
Informações dão conta que a aplicação de pedras por parte da UHE Santo Antonio terá que ser aplicada em toda a area urbana da capital, agora entre a praça da EFMM até a ponte que está sendo construída na região do bairro balsa.
A destruição provocada pela abertura das comportas da UHE Santo Antonio desde janeiro último continua avançando sobre a margem direita (editado) do Rio Madeira na capital de Rondônia. Agora o “banzeiro” está desbarrancando parte da praça do complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, além do conhecido Mirante 1.
Dona Clarice é uma senhora de feições marcadas pela dureza do tempo. Mora há mais de 20 anos na beira do “madeirão”, logo atrás do embarcadouro da antiga ENARO, local dentro da área do complexo da EFMM. Um ponto da praça em que os mais de 11 milhões de reais gastos na “reforma” não chegou. Cheio de lixo, resquícios de uso de drogas marcam este ponto do patrimônio histórico rondoniense. Clarice dá depoimento em que relata que o “banzeiro está destruindo barranco, com a queda de antigas mangueiras no leito do rio. Também afirma que á noite,o banzeiro aumenta.
Caminhando-se na margem, cerca de 150 metros abaixo, chega-se ao “pé do barranco” do Mirante 1 ( Atual Café Madeira). Ali existe a saida de uma galeria pluvial e um pequeno canal que leva as águas da chuva até o rio. Com a chegada do banzeiro da Usina, o barranco está desmoronando, com iminente risco de desabamento do prédio. No local também uma grande cratera se abriu, engolindo parte dos trilhos da EFMM. A Defesa Civil esteve no local e já teria apresentado laudo ao Consorcio Construtor para reparo imediato.
Em todo o trecho, dezenas de peças da lendária Estrada de Ferro Madeira Mamoré estão sucumbindo, afundando na lama dos desbarrancamentos.
Em todo a extensão entre a barragem da Usina e o bairro Triangulo, após ordem judicial a empresa está realizando o enrocamento ( colocação de pedras na margem atingida).
Informações dão conta que a aplicação de pedras por parte da UHE Santo Antonio terá que ser aplicada em toda a area urbana da capital, agora entre a praça da EFMM até a ponte que está sendo construída na região do bairro balsa. A única certeza é que a destruição vai continuar e a empresa Consórcio Santo Antonio Energia nos seus supostos estudos de impactos ambientais não previu o desastre.