Respeito aos Concursados - Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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São cada vez mais freqüentes os protestos de concursados em busca de respostas por parte dos órgãos públicos que os convocaram. Agora, é a vez de o Sindicato dos Agentes Penitenciários, Sócio Educadores, Técnicos Penitenciários e Agentes Administrativos Penitenciários de Rondônia (Singeperon), cobrar do governo de Rondônia a homologação do último concurso público da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) e, conseqüentemente, a convocação e posse dos candidatos já formados na 1ª turma do Curso de Formação de Agentes Penitenciários e Socioeducadores.

A pessoa compra livros, apostilas, perde noites de sono, sacrifica o lazer com a família para garantir uma vaga anunciada por uma organização pública e, depois, simplesmente é ignorada. Não receber, sequer, informações mais claras sobre quando e como deverá ser convocada. Esse é o Brasil do faz-de-conta, onde ninguém respeita o direito dos outros. As organizações deveriam ter um pouco mais de respeito e cortesia para com os selecionados.

 Os protestos de concursados cumprem um papel importante na batalha pela instauração de procedimentos mais civilizados e que obedeçam aos preceitos legais. São, diante da situação criada, um instrumento legítimo de pressão é uma possibilidade para que sejam revitalizados mecanismos que disciplinem a realização de concursos públicos.

 Há um número significativo de pessoas que prestou concursos públicos, integra a relação dos classificados, mas não sabe o que vai acontecer com a sua vida profissional. E não se diga que isso se restrinja, apenas, a esse ou aquele poder, a essa ou àquela instituição. Não! Parece que, para essa regra, não há exceção. Depois dos candidatos a vagas de agentes administrativos e serviços gerais, delegados de polícia e outros segmentos funcionais, agora, são os aprovados no concurso de Agentes Penitenciários e Socioeducadores que se manifestam contra o descaso das autoridades.

 É dever dos órgãos que têm como missão garantir respeito aos interesses públicos, impedir que conduta dessa natureza se repita. No fundo, o que se observa é uma tremenda falta de respeito, não somente aos Agentes Penitenciários e Socioeducadores, mas aos concursados de um modo geral.

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