Ocorrido em 2004, o massacre de 29 garimpeiros na Reserva Roosevelt, em Espigão D´Oeste, por ordem de guerreiros da etnia Cinta-Larga, até hoje repercute. Vários índios e caciques supostamente envolvidos no massacre ainda não foram julgados pela Justiça Federal, a Reserva, por ser muito grande (valiosa), vive na iminência de invasão e até hoje não se tem idéia do prejuízo ambiental e financeiro que o Estado arcará por causa dos anos de exploração indiscriminada. Fora isso, há ainda a denúncia de um ex-governador no Estado no esquema de contrabando.
Passados quase oito anos do massacre, que repercutiu em nível mundial, dado a descoberta da maior jazida de diamantes a céu aberta do Planeta, ainda há outras perguntas sem respostas. Em dezembro do ano passado, uma pessoa de nome Alex Torres Brandão procurou a sede do Ministério Público Federal em Rondônia e prestou um termo de declaração. O assunto: seu pai e seu tio desapareceram dentro da Reserva Roosevelt na época do massacre. Ao tomar conhecimento da denúncia, o MPF-RO determinou a abertura de inquérito e novas diligências deverão ser feitas no local.
A denúncia feita pelo cidadão Alex Torres é grave porque pode revelar novos fatos e mais questionamentos sobre o massacre: será que outros garimpeiros não foram mortos e não foram encontrados pela perícia técnica que foi ao local resgatar os corpos semana após o massacre? Qual foi, na realidade o total de mortos chacinados na emboscada de 7 de abril?. O MPF-RO já solicitou à PF-RO informações sobre eventuais resgates de vestígios humanos do interior da Reserva Indígena Roosevelt, da época da chacina até o fato objeto do presente.