CALAMIDADE – Comunidade de Jaci-Paraná reclama de impacto ambiental e obras de compensação de UHE Santo Antônio – Fotos
Foto: Divulgação
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Uma reunião realizada no início da noite da última quinta-feira (02) entre parlamentares, associação de moradores e advogados no salão do “Clube Chico Lata”, em Jaci-Paraná, Distrito de Porto Velho (RO), localizado a cerca de 90 quilômetros da capital rondoniense, teve o objetivo de discutir sobre os impactos ambientais e sociais da população com a instalação das obras da usina hidrelétrica de Santo Antônio e suas compensações para com o povo.
Segundo a comunidade as obras de compensação da referida usina não foram repassadas para a população com 100% de execução, ou seja, as obras milionárias da Praça e do Parque de Jaci-Paraná estão inacabadas, mesmo assim foram disponibilizadas a sociedade de Jaci-Paraná.
O terceiro fator social questionado na reunião foi direcionado para a Unidade de Pronto Atendimento do povoado, pois a comunidade ressaltou para o Vice-Presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Maurão de Carvalho (PP) e o Vereador Chico Lata (PP) que amigos e familiares estão morrendo por conta da obra abandonada da unidade de saúde de Jaci-Paraná, que há mais de um ano virou ponto de encontro de marginais, usuários de drogas e prostituição.
O Deputado Estadual, Maurão de Carvalho (PP) sensibilizado com a situação, enfatizou em seu discurso que o Presidente da Assembleia Legislativa, Hermínio Coelho (PSD) e os demais deputados irão receber todas as informações dos impactos ambientais e sociais de Jaci-Paraná no próximo dia (15) na Casa de Leis do Estado de Rondônia, com o objetivo de solucionar os problemas da comunidade.
A quarta questão levantada pelos moradores na reunião, está relacionado à Praia do rio Jaci-Paraná, pois antes do empreendimento das usinas do rio Madeira serem instalados no povoado, existia lazer e turismo. Enfático, o morador de Jaci-Paraná, Abrão Melo Pereira, disse que o local era propício para a prática de esporte, lazer e turismo, pois aconteciam campeonatos de vôlei de praia na localidade, porém, com a instalação do empreendimento hidrelétrico, a água do rio está parada e matos estão surgindo em todo o percurso do rio.
Referindo-se ao rio, centenas de pescadores que também estavam na reunião de ontem (02), comunicaram que os peixes não estão mais se reproduzindo e ainda sim a pesca está proibida. De acordo com o pescador José Ribamar, após a instalação de UHE Santo Antônio, é quase impossível realizar a atividade pesqueira na localidade.
Diante de tanto caos social, o Vereador Chico Lata (PP) resolveu realizar a reunião em prol das soluções cabíveis a comunidade, pois a mesma relatou todas as dificuldades que vem passando com a construção das usinas do rio Madeira. Um das promessas do consórcio foi o saneamento básico, porém os moradores estão receosos com a água, pois a mesma está apresentando péssima qualidade, pois dejetosestão sendo encontrados em torneiras e pias das residências e comércios da localidade.
“Procuramos o Ministério Público e informamos tudo o que está acontecendo em Jaci-Paraná. Por este motivo que estamos registrando todas as nossas reivindicações em documentos”, disse o Vereador Chico Lata.
Entretanto, os advogados da associação dos moradores de Jaci-Paraná, Carlos e Geraldo, explicaram em reunião que irão buscar medidas legais para minimizar a crescente degradação ambiental instalada em Jaci-Paraná. De acordo com o Advogado Carlos, é notório que o impacto ambiental vem afetando a qualidade de vida das pessoas da comunidade e colocando em risco as futuras gerações do distrito.
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