Discutir alternativas sustentáveis para a efetivação de políticas de incentivo à produção e comercialização foi o objetivo do 1° Seminário em Rondônia sobre Babaçu, do qual o secretário de Estado da Administração, Rui Vieira de Sousa, participou na manhã de quinta-feira, 17, representando o governador Confúcio Moura.
O evento, que acontece nesta quinta e sexta-feira, no auditório do Rondon Palace Hotel, é uma iniciativa do Instituto Índia Amazônia, com o apoio do Sebrae, Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Rede Nacional dos Territórios, Fundação Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Governo de Rondônia, e conta com a presença de aproximadamente de 50 participantes.
Durante a abertura do evento, a diretora do Instituto Indía Amazônia, Ana Avelar, falou sobre o desafio em realizar um seminário para a discussão sobre um produto tão importante como o babaçu que, muitas vezes, é queimado nos pastos. Ela explicou que a produção do babaçu é abundante no Nordeste, mas exemplificou que se houver interesse pela cultura, poderá haver grande produção em Rondônia, pois o babaçu nasce espontaneamente sem a necessidade de ser plantado. “Há trinta anos não havia café em Rondônia, a produção era inicial e hoje o Estado perfila como um dos maiores produtores”, disse, referenciando que poderá haver o mesmo interesse pelo babaçu, se houver a conjunção de esforços entre agricultores, extrativistas e assessores técnicos em assumir o desafio para fazer o babaçu também ser um produto de ponta na agricultura rondoniense.
O babaçu é fruto de uma palmeira nativa da região norte do Brasil, de cultura extrativista, ainda não comercial. De suas sementes é extraído o óleo de coco babaçu, que pode ser utilizado na indústria cosmética e alimentícia, na fabricação de sabões, detergentes e lubrificantes. Da palmeira, tudo se aproveita, as folhas servem de matéria-prima para a fabricação de cestos, peneiras, chapéus, esteiras, cercas, portas, janelas, e até cobertura de casas.
Por sua vez, o secretário Rui Vieira, que também é o Articulador da Política Nacional dos Territórios em Rondônia, disse que o incentivo à produção florestal sustentável está no rol de interesse do governador Confúcio Moura. Segundo ele, o seminário mostra como é possível se trabalhar a sustentabilidade social, ambiental e econômica, a partir da somatória de esforços na mesma direção, como é o caso dos parceiros envolvidos no seminário.
Vieira também disse que não pode haver dicotomia entre sociedade civil e poder público, como também entre os setores rural e urbano. “Para o governador Confúcio Moura, o cidadão é um só. O cidadão da cidade é tão legítimo quanto o do campo”, disse, afirmando que na Amazônia o insumo mais estratégico é a sua diversidade ambiental e cultural.
O secretário se colocou a disposição para os futuros desdobramentos do seminário, desejando para que seja definida uma política local, integrada a uma política nacional verticalizada e articulada por uma rede de parceiros.