Brasil: a primeira potência sem futuro – Por Professor Nazareno

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Foto: Divulgação

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Segundo projeções do FMI, Fundo Monetário Internacional, e de várias agências financeiras internacionais, a partir de 2011 a economia do Brasil superará o Reino Unido e colocará o nosso país como a sexta potência econômica do planeta. Devido à prolongada crise financeira na Europa, no final de 2010 já superávamos em números absolutos o PIB da Itália e segundo ainda estes organismos, em menos de três anos superaremos a toda poderosa França. Em 2020, portanto muito próximo já, nenhuma economia da Europa será maior do que a do Brasil e certamente de acordo ainda com as mesmas projeções, estaremos entre as três potências econômicas do mundo ao lado de emergentes como China, Índia, Rússia e México. Claro que é um excelente desempenho para uma nação que sempre viveu dependendo da comunidade financeira mundial.
Só que esses números garbosos de prosperidade param por aí. A ONU divulgou recentemente que em IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, o Brasil ocupa uma posição bastante incômoda: estamos em 84º lugar dentre 180 nações pesquisadas. Uma vergonha para um país que se orgulha de ser uma das maiores potências mundiais. Como nenhum de nós, mortais comuns, consegue enxergar toda esta riqueza significa dizer que a monstruosa desigualdade social responde por quase todas as mazelas nacionais. De que adianta sermos em breve a maior potência econômica do mundo se não conseguimos resolver os nossos mais cruciais problemas internos? Viver no Brasil sempre foi muito ruim, mas para os muitos pobres daqui é pior ainda. Quando se olha para um hospital ou uma escola pública, percebe-se por que a desgraça está à espreita.
O Brasil não investe nem nunca investiu o que devia na educação e na saúde de sua população, itens necessários para se avaliar o índice de IDH. A maioria das nossas escolas públicas está podre, caindo literalmente aos pedaços. A educação que se pratica neste país é ridícula e ultrapassada. O “açougue” João Paulo Segundo de Porto Velho, que muitos insistem em chamar de hospital, é o retrato da saúde pública deste país. Praticamente não há uma única cidade brasileira onde a saúde e mesmo a educação funcionem de forma humana. Em quase todas as áreas culturais somos um fracasso. Nunca ganhamos nenhum prêmio Nobel enquanto países vizinhos nossos já foram agraciados várias vezes. Na área de Cinema nunca ganhamos um Oscar e a nossa melhor universidade, a USP, foi apontada recentemente entre as piores do mundo.
Se a situação cultural do Brasil é ruim, a de Rondônia, periferia da periferia da periferia, é pior ainda. Aqui não há produção intelectual nenhuma. Aliás, neste lugar não existem intelectuais. O rondoniense mais sabido que conheço deixa todo dia pela manhã a sua produção intelectual dentro do vaso sanitário. Após a descarga, acaba-se o pensamento do indivíduo. Muitas vezes o cretino nem se limpa. Feito galo, levanta-se e vai comer de novo para “pensar” na manhã seguinte. Quase todos os comentários dos sites eletrônicos locais estão repletos de erros gramaticais. Parece que a Língua Portuguesa é usada em Rondônia como se fosse um simples dialeto. Aqui a pena de morte e os maus tratos contra presos são defendidos de forma aberta até por alguns políticos. Incrível, mas só humoristas neste pedaço de Brasil é que são levados a sério.
O fracasso de Rondônia e do Brasil não combina com o status de potência mundial. Até no futebol deixamos de ser fortes. Nos últimos jogos Pan-americanos de Guadalajara no México, por exemplo, ficamos com um pífio terceiro lugar no quadro geral de medalhas bem atrás de Cuba. A ilha caribenha tem apenas seis por cento da nossa população e nos ultrapassou. Para nos consolar, colocaram um jogador do Santos, Neymar, para concorrer ao lado dos grandes atletas europeus ao prêmio de melhor do mundo. Vamos perder feio. O Santos vai perder para o Barcelona de Messi. O futebol jogado por Pelé sempre foi muito inferior ao de Maradona e praticamente só os brasileiros mais otimistas vêem o contrário. A maioria das nossas cidades não tem saneamento básico e a violência campeia em todas elas. A corrupção tornou-se endêmica no país inteiro. Na maioria dos casos, a nossa Justiça só funciona para os pobres. Vários Ministros de Estado já caíram em menos de dez meses. O ENEM foi fraudado mais uma vez. Só crescemos por causa do fracasso dos outros. Se tivéssemos vulcões, terremotos, nevascas ou outras catástrofes climáticas seríamos muito pior do que Sudão, Haiti ou Somália. Status de potência só por enquanto. Sem educação de qualidade e sem planejamento como segurar por muito tempo essa passageira euforia?
*É Professor em Porto Velho.
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