O juiz José William Veloso, numa cidade do interior do Piauí, foi pego recebendo dinheiro. Em espécie. Toda uma operação envolvendo a Polícia Federal e o Ministério Público foi montado para pegar o magistrado com a boca na botija, ou seja, segundos depois de receber dinheiro que exigia para dar uma sentença. A prefeita de uma cidade do interior armou todo o flagrante, devidamente orientada pelas forças policiais e pelo MP. Até aí, tudo bem. Foi mais uma alta autoridade vendendo sua alma por meia dúzia de tostões. Mas o que foi muito ruim, ficou ainda pior. Chamou a atenção declaração dada pelo presidente do Tribunal de Justiça daquele Estado, desembargador Edvaldo Pereira de Moura, logo depois da prisão em flagrante do magistrado que se vendeu. Disse, em resumo, o desembargador: “SE o juiz cometeu mesmo algum crime; SE FICAR COMPROVADO que ele vendeu uma sentença, ELE ATÉ PODE SER PUNIDO”. Vindo de um presidente de um Tribunal de Justiça, poucas horas depois que um juiz malandro foi preso em flagrante, pegando dinheiro para dar uma sentença, não poderia ter sido mais infeliz a forma como o presidente da instituição se pronunciou. Ficou claro o cuidado na fala do desembargador, bem ao contrário da ação do seu colega de toga, que cometeu um crime grave.
É essa a mentalidade que assusta. Mesmo preso em flagrante, ainda com o dinheiro (devidamente marcado e com os números de série anotados pela PF e MP), o juiz ainda, inclusive nas entrevistas, é tratado como se estivesse apenas sendo investigado. Como se tudo o que fez em frente das câmeras – já que tudo foi gravado e divulgado nas TVs brasileiras – fosse apenas uma suspeita. São essas as leis que fizeram no nosso país. É isso que se tornou, afora do espírito de corpo, a mentalidade de parte do Judiciário. E o pior: mesmo que receba a punição máxima, o magistrado criminoso será apenas aposentado. UMA VERGONHA!
EXCEÇÃO À REGRA
PMs foram flagrados, com viatura militar, comprando bebidas num mercado da cidade. A denúncia foi feita na imprensa. O que fez o comando da PM? Culpou os jornalistas? Tentou criticar quem fez a denúncia? Alegou perseguição? Nada disso. Fez o que todo o órgão público, pago com dinheiro do contribuinte deveria aprender a fazer. Elogiou a fiscalização da comunidade, determinou abertura de inquérito e prometeu punir os culpados. Exemplar...
ARRIBA, CONFÚCIO!
Apareceu a primeira pesquisa, levantando a bola do governador Confúcio Moura. Segundo os dados do instituto Epicensus de Pesquisa, Opinião e Mercado, mais de 73% dos rondonienses ouvidos consideram o governo positivo. Entre bom e ótimo, quase 41%. A partir de agora vão surgir pesquisas de todos os cantos, algumas que podem ser levadas a sério, outras não. No caso dessa, sobre Confúcio, pode-se dizer que ela não está muito longe da realidade.
HORA DAS COBRANÇAS
Confúcio, contudo, terá novos desafios daqui para a frente. Nos primeiros dez meses de administração, geralmente a população dá uma certa trégua nas críticas. Mas, a partir do final do ano e início do próximo, as cobranças vão começar com mais força. É por isso que o comandante do Palácio Presidente Vargas e sua equipe estão correndo para realizar os grandes projetos, o mais rápido possível.
ERRO SOBRE ERRO
O deputado federal Mauro Nazif levou uma bordoada no braço, durante confusão na greve da Unir. A coisa engrossou, até porque alguns membros do comando da greve decidiram ignorar decisão judicial e manter ocupação do prédio. Nazif foi intervir, como autoridade e foi agredido. Isso, tanto quanto o exagero de alguns grevistas, tem que merecer punição. Nazif é uma autoridade e tem que ser respeitado.
ROLIM RECEBE
Será um dia quente para a política rondoniense, o próximo 4 de novembro, uma sexta-feira. Em Rolim de Moura, terra de três governadores e dois senadores, a Assembleia Legislativa realiza sessão itinerante. O encontro vai reunir não só a comunidade de Rolim, mas também lideranças políticas de toda a região. À frente, o presidente da ALE, Valter Araújo, que não conta nem a si mesmo se vai ou não disputar a Prefeitura de Porto Velho em 2012.
A INDÚSTRIA CRESCE
Continuam surgindo muitas reclamações contra a nova indústria da multa criada em Porto Velho. Motoristas estão recebendo, para pagar, infrações de ter sido flagrados falando ao celular ou sem cinto de segurança ou até passado o sinal vermelho, sem qualquer chance de defesa. Não há comprovação alguma, a não ser a multa aplicada a granel nas esquinas. Está na hora do Ministério Público sair em defesa dos que se consideram lesados. E não têm como comprovar que foram multados ilegalmente.
PERGUNTINHA
No final da rodada deste final de semana do Brasileirão, quem será a torcida que vai fazer festa e quais as que estão lamentando derrotas?