Para ser prefeito... - Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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A política, já dizia Rui Barbosa, é a arte de gerir o estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas ou tradições respeitáveis, visando objetivos nobres para a conquista do bem comum dos cidadãos.
Entretanto, há homens públicos inescrupulosos, que insistem em misturar política com politicagem. Esta, ao contrário daquela, é nada mais nada menos do que a indústria de explorar benefícios para a satisfação pessoal. Os exemplos estão aí.
Hoje, política virou, grosso modo, sinônimo de esperteza, de barganha, de malandragem, de trambicagem e de toma-lá-dá-cá, enfim, uma zorra total. Há exceções, mas elas são poucas.
Para ser candidato a prefeito, por exemplo, o cidadão é capaz de fazer acordo até com satanás. O povo, no entanto, já compreendeu a inutilidade desse tipo de político, com suas idéias anacrônicas, alianças imorais e mania de poder e, por isso, saberá rifá-lo do mapa no momento adequado.
O povo sabe que, para ser feliz, é preciso retirar de cena os falsos profetas, que se lhe apresentam desde já vestindo o manto esfarrapado da honestidade, da decência e da moralidade pública, mas que, no fundo, não passam de aproveitadores.
Afinal, o político tem que agir levando sempre em consideração o bem-estar do povo, e não como fazem certos fariseus, que preferem priorizar suas ambições e seus interesses inconfessáveis, em detrimento das legítimas aspirações da coletividade.
Não podemos, pois, por pura ingenuidade ou sentimentalismo piegas, entregar os destinos do município de Porto Velho nas mãos de um despreparado.

Ser prefeito de um município com a dimensão geográfica e os problemas sociais e infra-estruturais crônicos como é o caso de Porto Velho não é tarefa para político bufão, movido pela vaidade e pelo narcisismo delirante; lobo faminto em pele de cordeiro, tentando tapiar o povo com discursos inócuos e promessas irrealizáveis, pois nada fez, até agora, para, pelo menos, minimizar o sofrimento da população.

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