Foi dada a largada da corrida para a prefeitura de Porto Velho. Aonde quer que se vá, onde quer que se encontre, o assunto se sobressai na boca de políticos, autoridades, empresários, sindicalistas, dirigentes de entidades civis e religiosas, enfim, da sociedade em geral.
O primeiro a declarar-se interessado em sentar-se na principal cadeira do palácio Tancredo Neves foi o empresário Ivan da Saga, diretor comercial de uma concessionária de automóveis e, fala-se, pessoa de confiança do ex-governador e senador licenciado Ivo Cassol.
O segundo pretendente é o vereador e líder do Partido dos Trabalhadores, Cláudio Carvalho. Com a deputada estadual Epifânia Barbosa fora do páreo, o deputado estadual Hermínio Coelho defenestrado e a ex-senadora Fátima Cleide politicamente sepultada, Carvalho aparece como o grande trunfo do continuísmo petista. Antes, porém, ele fazia beicinho quando se tratava do tema. Agora, já assume a posição sem nenhum pejo.
O terceiro postulante é o deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia, Valter Araújo (PTB). Dono de considerável rebanho eleitoral, que o ajudou a superar a casa dos vinte mil votos, na eleição de 2010, Araújo promete tirar o sono de muitos adversários.
Engana-se, pois, quem pensa que a aparição de seu nome num suposto esquema de favorecimento, abalou seu prestígio político, principalmente no meio evangélico.
O deputado federal Lindomar Garçom é o quarto concorrente. Apesar de enfrentar problema com a Justiça Eleitoral, o representante do Partido Verde não descarta a possibilidade de, mais uma vez, entrar na briga pelo trono de Sobrinho.
O quinto concorrente é o deputado federal Mauro Nazif, que muitos acreditam estivesse morto, depois da derrota para a prefeitura de Porto Velho, quando chegou na quarta posição. À semelhança de Fênix, a ave mitológica que ressurgiu das cinzas, Nazif conseguiu reeleger-se com um caminhão de votos, o que deixou muita gente perplexa, inclusive ele próprio. Seria o feito transposição?
Aparentemente, mas só aparentemente, o PMDB emite sinais de que se cansou de ser coadjuvante e quer brigar pelo papel de ator principal, nesse imenso teatro de ilusões, em que se transformou a nossa política. E para isso aposta na figura de bom moço do deputado estadual Zequinha Araújo, um dos campeões de voto para a ALE, na eleição passada.
Dias atrás, o cacique mor do partido, senador Valdir Raupp, deixou fotografar, conversando com o prefeito Roberto Sobrinho. Na ocasião, estava acompanhado do governador Confúcio Moura, da deputada federal Marinha Raupp e, claro, de Zequinha, nosso sexto pretendente.
E, por fim, vem o jovem Davi Erse. Atualmente, encastelado na administração Confúcio Moura, recebendo um polpudo CDS, o filho do ex-prefeito Chiquilito desponta como promessa do PC do B. No pleito passado, Erse chegou em terceiro lugar, batendo inclusive, políticos tradicionais como o deputado Mauro Nazif. Esses, portanto, são setes postulantes ao cargo ocupado, hoje, por Sobrinho. Por enquanto. A disputa promete lances inesquecíveis.