Analisando a questão... O Rafinha é um cara muito inteligente, fez ótimos trabalhos, tem reputação nacional e tudo mais, contudo, há que se falar muitos pontos, onde tentarei listar os mais importantes.
Primeiramente, como alguém entra em tamanha contradição? É necessário ultrapassar as barreiras da honra, da moral e da reputação de um povo para ganhar a vida?
O que realmente está em jogo? Eis a contradição: enquanto, por um lado, ele faz campanhas, reportagens e propagandas contra o bullying, por outro, incentiva-o de forma clara e bem explícita.
Como vou aparecer em mídia nacional fazendo de tudo para lutar contra a violência e favorecer algo que envolve pontos estratégicos e principais da formação de uma nação como a educação, fazendo campanhas, expondo que essa é minha opinião no programa "A liga" e depois incentivar isso de forma negativa da mesma maneira que comecei a lutar contra ?
Pois é... "pequenos" detalhes fazem a diferença.
E quando digo incentivar, refiro-me, pois, às crianças, adolescentes e pessoas que acham isso (insultar pessoas e denegrir a imagem de alguém, incentivando assim o próprio bullying ou um dos fatores que o inicia) tão "normal" que acabam aplicando no dia-a-dia e praticando sem perceber... porque quando algo é considerado normal nós fazemos sem restrições e, se surge alguma intervenção em nossas atitudes, nos defendemos dizendo que estamos no nosso direito (no caso em que estamos abordando, direito de expressão).
Bom, o trabalho enobrece o homem, enfatiza a dignidade humana de tal forma a dar condições de satisfazer as necessidades, desejos, sonhos, a realização pessoal e a busca pela felicidade (pelo menos essa é a intenção...).
O caráter de um homem é definido com suas atitudes, e não somente com palavras do que deveríamos fazer, quando, partindo da teoria para a prática, ao invés de cumprir com nossa palavra, preferimos fama, dinheiro e riquezas não importando se vou contra a honra, valores morais, culturais e interpessoais (relação entre as pessoas) de um povo.
Insurge assim o conflito: se sou favorável a tal ato e "levo na esportiva", é porque concordo com o ocorrido e de certa forma me igualo ao personagem citado.
Se fico em cima do muro, é devido a minha falta de capacidade ou de personalidade à aplicação do fato.
Se sou contra, é porque tenho princípios e o meu SUPEREGO encontra-se em equilíbrio com o meu ID, resultando em um complexo e nivelado EGO (ou seja, não deixo minhas vontades ultrapassarem o que é certo para a boa convivência social).
Não sou desfavorável ao humor, pois este é algo intrínseco do ser humano, um meio de diversão, uma forma de criticar as questões relativas a sociedade e a atuação de seus entes (políticos, religiosos, jurídicos e etc) e também, um estilo de vida.
Parabenizo aqueles que conseguem aplicar o humor de tal maneira a não denegrir a sua essência. Porém não devemos perder tempo e o foco do que realmente importa, enfatizando o erro e fazendo comentários desnecessários para provocar a todos os envolvidos.
Devemos pensar bem sobre toda essa situação para não dizermos coisas fúteis, observando seus pontos tratados e realmente trazer à luz os questionamentos levantados, para que, da melhor forma possível, possamos refletir e evitar erros de tamanha significância em nossas vidas.