PRIMEIRA MÃO – Arma em casa e bruxa solta – Por Sérgio Pires
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
MANTER ARMA EM CASA É UM RISCO QUE ALIMENTA O CRIME ORGANIZADO
O tráfico de armas é uma das grandes preocupações das autoridades brasileiras. A voz corrente é de que a maioria dos armamentos entra pela fronteira com Peru, Bolívia, Argentina e outros vizinhos. E que as armas são fabricadas em vários países, até chegarem ao território brasileiro e às mãos dos criminosos. Erro total. Na verdade, em mais de 86% dos casos de armas ilegais apreendidas no Brasil, elas o são de fabricação nacional. São produzidas aqui, vendidas aqui, roubadas aqui e entregue aos criminosos dentro do nosso território. Há um pequeno percentual de armamento pesado que chega dos Estados Unidos, Espanha e Argentina, esse o nosso único vizinho. O Paraguai, por sua vez, apesar de não ser um grande fabricante, exige uma atenção especial, pois armas brasileiras de uso restrito, como os de calibre “ponto40”, utilizados pelas polícias civis e militares, são exportados para aquele país e voltam ao território nacional por meio de contrabando. Na fronteira com a Bolívia, onde o tráfico de drogas só aumenta, o volume de armas ilegais que entram em Rondônia e daqui vão para outros estados, é ainda muito pequeno.Portanto, na prática, não é o tráfico internacional de armas nossa maior preocupação. O secretário Marcelo Bessa, da segurança pública, anuncia ações pesadas na área de fronteira. Mas o alvo principal serão as drogas. Porque armamento, por aqui, entra muito pouco. As armas ilegais que vão parar nas mãos do crime organizado circulam é dentro do próprio Brasil e saem de dentro das casas de quem as compra. É por isso que, nos assaltos à residências, o primeiro alvo dos bandidos são armas. Elas, juntos com as drogas, movimentam o mundo do crime. Pode-se fechar a fronteira para as drogas, mas para as armas não adianta. É que aí, o perigo está dentro das nossas casas.
BRUXA SOLTA
A morte do líder do PT no Estado, Eduardo Valverde, foi a quarta em sequencia, de personalidades rondonienses. Odair Cordeiro, Manelão, Paulo Queiroz e agora o ex-deputado federal e virtual candidato petista à Prefeitura em 2012. A coluna lamenta tantas perdas de gente do bem e clama ao destino que pare por aí. Desse jeito, não dá.
DO BEM
Valverde era do bem. Político competente, de diálogo, amigo dos seus amigos, liderança cada vez mais sólida do PT em Rondônia, era respeitado não só por aqui, mas também por seus companheiros que estão no poder em Brasília. Sua morte abre uma lacuna dentro do partido e na própria estrutura da política de Rondônia.
DANÇANDO NA ESTRADA
Com as pesadas chuvas dos últimos dias, o risco de aquaplanagem nas estradas é enorme. Essa foi a provável causa do acidente que matou Valverde e o secretário Eli Sales. Para não correr riscos, o motorista precisa redobrar cuidados, diminuir a velocidade e rezar para que, caso ocorra o problema, não venha nenhum carro em sentido contrário.
NA JUGULAR
Passada a festança que parecia não acabar, hora de começar a tratar das coisas sérias. Ficou “para depois do carnaval”, como ficam algumas coisas mais importantes do país, a solução definitiva para o caso da transposição. A bancada federal rondoniense garante que vai voar na jugular do governo, até que a lei seja posta em prática.
PATRÕES INFLUEM
Também de grande interesse para todo o Brasil, mas especialmente para a Amazônia, a questão do novo Código Florestal deve ser outra prioridade. Por enquanto, a pressão das ONGs internacionais e seus patrões no exterior, estão fazendo com que o tema fique sem solução. Mas no Congresso há muita gente querendo que a solução seja rápida.
VOTO CONTRA
O senador Valdir Raupp, por exemplo, exigiu essa semana que a questão do Código seja resolvida com urgência. Ele retrata a posição da grande maioria dos membros da bancada federal. Por enquanto, só se pronunciou contra – alegando que o texto como está prejudica os pequenos produtores – foi o petista Padre Tom.
RESCALDO
Chuva, confusão, brigas, algumas mortes pela violência e no trânsito, muitos feridos e pelo menos 30 toneladas de lixo na cidade. Se poderia resumir assim, em poucas palavras, como acabou o carnaval de Porto Velho. Aqui, como em todo o Brasil, depois da festa resta a sujeira e a tristeza dos que foram “atingidos” pela festa.
HOMENAGEM
A coluna pede licença para transcrever um pequeno trecho da homenagem feita pelo talentoso Robson Oliveira a seu grande amigo, Paulo Queiroz, que nos deixou esta semana: “Nunca sofrera críticas, nunca se atirou em publicidade, vivia imerso no seu mundo, incubado e mantido vivo pelo calor de seus livros e aos acordes da filarmônica de Berlim, sua preferida”.
GENIALIDADE
Um pouco mais do Robson: “fora dos livros de filosofia e dos CDs, seus fins de semana não existiam. Trocava poucas banalidades. E quando balbuciava algumas delas, era com a mesma genialidade como se abordasse sobre uma tese. Genialidade era lhe algo peculiar. Intrínseco a sua formação intelectual”.
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!