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CARNAVAL 2011 – Bainha visita Rondoniaovivo e fala sobre história do carnaval de Porto Velho - Vídeo
O Teixeirão era uma figura apaixonada pelo carnaval, ele sempre andava com um pandeiro no carro, no ano de 82 ele me convidou para fundar á escola de samba Unidos da Nova Porto Velho, com essa agremiação conseguimos dois títulos”, afirmou Bainha.
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Foto: Divulgação
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É difícil pensar no carnaval de Porto Velho sem pensar em um nome, Bainha, considerados por muitos como um mestre, Bainha se auto intitula um folião entusiasta do carnaval da capital, porém seu legado na cultura portovelhense será eternamente vivo todos os anos em que começam os preparativos para o carnaval.
Com mais de vinte samba enredos na avenida, vinte títulos do carnaval portovelhense e uma centena de samba-enredo, marchinhas e sambas, Bainha continua seu trabalho na avenida. Esse ano ele participa da Escola de Samba Asfaltão como diretor de Harmonia e fazendo parte da ala dos compositores.
A historia de Bainha no carnaval de Porto Velho começa na década de 50, época em que os blocos de rua eram as maiores atrações carnavalescas, entres esses blocos estavam o Deixa Pra Lá, e o Triângulo Não Morreu, ambos eram de bairros que hoje fazem parte da região Central de Porto Velho.
“Além dos blocos, muitas dessas festas eram realizadas em clubes, que hoje já nem existem mais, me lembro que o primeiro grande desfile de carnaval foi realizado na avenida Presidente Dutra, onde depois todos se reuniam em frente a boate Danúbio Azul Bailante Clube”, disse Bainha.
As sedes sociais ou clubes eram o grande ponto de encontro das festas carnavalescas entre as décadas de 50 e 70, os mais conhecidos eram os clubes Guaporé, Ypiranga, União Operário, Bancrevea, Imperial, além do Danúbio Azul Bailante Clube.
O carnaval
Em 1958 Bainha funda em parceria com seus amigos Cabeleira, Ricardo, Valério e Dona Jóia, a escola Diplomatas do Samba, juntos a com escola eles venceram onze carnavais consecutivos. Após a vitoriosa passagem na Diplomatas do Samba, Bainha ainda participou de várias outra agremiações carnavalescas durante as décadas de 70 e
80, grande parte delas em companhia de seu amigo também compositor e carnavalesco Silvio Santos.
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“Lembro-me que na década de 70 fui para a Kayari a convite do Silvio Santos, nós também fundamos a Mocidade Independente entre os anos de 75 e 80 junto com Deusdete de Paula”, disse Bainha.
Os amigos Bainha são muitos, porém algumas figuras não podem deixar de serem lembradas como Silvio Santos, Ednaldo, Oscar, Zé Baixinho, Tobá e Macumbinha. Parceiros que sempre estiveram juntos na orquestração do carnaval da capital de Rondônia.
Apoio
Antes de tudo é sempre bom lembrar que o carnaval é uma atividade de expressão cultural social, por esse motivo depende e muito do apoio, principalmente governamental. Bainha destacou a década de 80 como umas das mais plenas do carnaval, período em que teve apoio irrestrito do então governador Jorge Teixeira.
“O Teixeirão era uma figura apaixonada pelo carnaval, ele sempre andava com um pandeiro no carro, no ano de 82 ele me convidou para fundar á escola de samba Unidos da Nova Porto Velho, com essa agremiação conseguimos dois títulos”, afirmou Bainha.
Por esse motivo Bainha é sempre enfático em lembrar a necessidade das agremiações de carnaval ter o apoio dos órgãos de cultura governamentais e instituições privadas, pois é dessa forma que o carnaval continuará a arrastar multidões.
O povo brasileiro tem a fama de não homenagear seus heróis, não podemos nunca deixar de ressaltar um artista como bainha que dedicou sua vida a construção da cultura portovelhense muito vezes renegada por muitos desinformados.
Deixar de ressaltar Bainha e seus feitos carnavalescos é virar as costas para nossa própria identidade e historia, Rondônia tem seus artistas, heróis e mitos, basta lembrarmos diariamente quem são essas pessoa, ou então, deixar que destruam nosso regionalismo ferozmente.
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