CHUVA - Defesa Civil Municipal atende chamadas de emergência e Sipam registra alto volume pluviométrico
Foto: Divulgação
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Cerca de 25 chamadas de emergências foram atendidas pela Defesa Civil, por causa da forte chuva que desabou sobre Porto Velho nesta quarta feira (2). Os pontos mais críticos de alagamentos foram na Rua São Paulo com Tenreiro Aranha, bairro Areal (centro), às margens de um córrego entre as Ruas Brasília e BR-364, no bairro Mato Grosso, região central e nos bairros Areia Branca e Areal da Floresta, na zona Sul. O corpo de Bombeiros atuou junto com a Defesa Civil e atenderam cerca de 60 chamadas.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, Reinaldo da Silva, a maioria das chamadas foi para atender ocorrências de alagamentos. O caso mais grave foi o desabamento de uma casa no bairro Areal da Floresta, mas sem maiores conseqüências. “Estamos fazendo vistorias técnicas nos locais e acionando outros órgãos, como Corpo de Bombeiros e assistência social. Depois que as águas baixarem, nossas equipes farão novas vistorias para avaliar as condições de segurança das moradias”, disse.
No bairro Areia Branca, segundo o chefe de operações da Defesa Civil, Paulo Afonso Alves, as águas de um Igarapé subiram rapidamente, invadiram uma casa e a família teve que ser resgatada (uma mulher e três crianças, uma delas recém-nascida). “Foi preciso usar cordas para retirar as vítimas com segurança”, disse Afonso.
Sipam
Porto Velho tem três locais onde é aferida a quantidade de chuvas na região. A estação do aeroporto, que é da Base Aérea, a da Embrapa, que pertence ao Instituto Nacional de Meteorologia, Inmet, e a da Hermasa, que pertence ao CPRM, mas que está desativada. De acordo com os relatórios do Serviço de Proteção da Amazônia – Sipam, o volume de chuvas esperado para o mês de fevereiro é de 260 a 330 milímetros. Nesta quarta feira, em apenas seis horas, o volume registrado foi de 58 milímetros, cerca de 20% do esperado para todo este mês. Segundo o meteorologista, Luis Alves, esta é uma situação normal nesta época do ano, uma vez que no mês passado já foram registradas duas chuvas intensas, uma no dia 07, com 64 milímetros e outra no dia 27, com 71 milímetros. “A chuva intensa tem várias causas, no caso desta última foi a convergência intertropical, que provoca o inverno amazônico, e também a passagem de uma frente fria, que mesmo não tendo passado pela região Norte, atingiu o largo do litoral de São Paulo abalando o sistema meteorológico”, afirmou o técnico.
Casas ameaçadas
A Defesa Civil constatou ameaça de desabamento de uma casa em alvenaria, na Rua Marechal Deodoro com Jacy-Paraná, centro da cidade. O barranco cedeu e provocou rachaduras na residência da dona de casa Luziana Cardoso Rodrigues. Ela pediu ajuda ao pai, Emerson Prestes, que enviou um caminhão para levar a mudança para a sua casa, no Cohab Floresta. “Isso aqui nunca aconteceu antes. Estou muito assustada”, afirmou.
O barranco que cedeu também colocou sob ameaça a moradia (de madeira), da também dona de casa Viviane Oliveira Pedrosa, vizinha de Luziana. Temendo algo mais grave, ela mudou-se provisoriamente com três crianças para a casa de outra vizinha, que fica em frente, aguardando a chegada do marido que está viajando a trabalho. “Estou com muito medo”, disse visivelmente nervosa.
No bairro Mato Grosso, o Corpo de Bombeiros foi acionado para retirar três famílias que tiveram as casas invadidas pelas águas de um igarapé que transbordou. De acordo com a Central de Operações dos Bombeiros, uma criança recém- nascida passou mal e precisou ser socorrida.
Ações da prefeitura
A prefeitura através das secretarias de Obras e de Serviços Básicos (Semob e Semusb) vem trabalhando intensamente com o objetivo de minimizar os impactos das chuvas, cumprindo as metas do Plano de Inverno. Canais e igarapés são alvos constantes de limpezas com objetivo de facilitar o escoamento e evitar alagações. Em outros pontos da cidade, o caminhão conhecido por “Tatuzão”, utiliza equipamentos sofisticados para desobstruir as redes de drenagens, mas o principal problema, segundo o secretário Jair Ramires (Semusb), é a grande quantidade de lixo jogado nas ruas, que provocam entupimento das “bocas de lobo”.
Áreas de Risco
A Defesa Civil informou que a maioria das chamadas foi para atender famílias que moram em áreas de risco às margens dos canais. Essas pessoas vêm sendo acompanhadas por técnicos das secretarias de Assistência Social (Semas) e Habitação e Regularização Fundiária (Semur). Todas estão cadastradas no programa de moradias da prefeitura, que está construindo 1.200 casas, 240 famílias já foram retiradas dos bairros Triângulo e Baixa da União. Até o final de fevereiro, mais 120 serão inseridas no Projeto Candelária II, III e IV, e receberão suas casas. Elas serão retiradas dos bairros São Sebastião e Tancredo Neves.
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