Detentos capixabas são transferidos para Rondônia

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Foto: Divulgação

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Quatro capixabas que estavam presos na penitenciária Federal de Catanduvas (Paraná) foram transferidos juntamente com Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, para Rondônia. VP e Maluco são acusados de comandar os ataques no Rio de Janeiro iniciados no dia 21 de novembro.
Os presos do Espírito Santo são Cleber Nunes de Azevedo (Doutorzinho), Fernandes de Oliveira Reis (Fernando Cabeção), Gilmar Luiz Binda (Binda) e José Antônio Marin (Toninho Pavão). De acordo com a advogada de Cabeção e Pavão, Carla Pedreira, a transferência foi arbitrária pois não houve determinação judicial. Ela diz ainda que seus clientes já deveriam estar de volta ao Estado há um ano.
"Já tinha extrapolado o prazo deles em Catanduvas. Eles poderiam ficar detidos lá por um ano, com prorrogação para mais um. Mas eles estão lá desde 2007 porque a Vara de Execução Penal capixaba, a pedidos da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), pede a manutenção deles lá alegando que no ES não há presídio para eles. Em dezembro de 2009 eles já deveriam ter voltado", afirma Carla Pedreira.
A advogada afirma ainda que a decisão da transferência aconteceu "de boca". Os capixabas foram transferidos no dia 25 de novembro. Ela só tomou conhecimento por meio de uma reportagem da Folha de São Paulo, no dia 28, e nos dia seguinte fez contato com a unidade federal, onde foi informada que ainda não tinha o despacho determinando a remoção. Isso veio a acontecer no dia 1º de dezembro, quando o documento foi lavrado 15:30 horas, conforme andamento do processo (que é possível acompanhar pelo Portal da Justiça Federal).
Toninho Pavão e Fernando Cabeção foram considerados pela justiça capixaba como os "chefões do tráfico de drogas". Eles, Doutorzinho e Binda teriam envolvimento também com rebeliões em unidades prisionais capixabas, incêndios a ônibus, assaltos a bancos e assassinatos - inclusive do juiz Alexanre de Castro Filho - morto em março de 2003.
Além dos cariocas acusados de determinar as ações bárbaras registradas no Rio de Janeiro a partir do dia 21, todos os outros transferidos para a penitenciária federal em Porto Velho (RO) - também foram Cláudio José de Souza Fontarigo, Isaias Costa Rodrigues (Isaias da Borel), Leonardo Marques da Silva. Marcio Candido da Silva, Marcio José Guimarães, Marco Antonio Pereira Fermino Silva (My Thor) e Ricardo Chavez de Castro Lima - estão presos no isolamento. E isso, de acordo com Pedreira, é irregular, pois seus clientes estariam trabalhando na detenção e não cometeram nenhum delito.
"Fernando não é um preso que dá trabalho, nunca teve problema. Estava trabalhando e nunca teve punição. O trabalho de ressocialização não está acontecendo. Está totalmente inverso. Como ressocializar um preso desta maneira? A esposa e filhos dele foram para o Paraná para morarem perto do pai. Como farão agora, que ele foi para Rondônia?".
Transferência de VP e Maluco
No dia 25 de novembro Marcinho VP e Elias Maluco foram transferidos, por ordem judicial, da penitenciária federal de Catanduvas (PR) --de onde teriam dado as ordens para os ataques, segundo as investigações da polícia-- para outro presídio federal, em Porto Velho (RO).
O juiz da 1ªVara Criminal de Bangu também determinou o fim das visitas íntimas dos dois traficantes. Tanto eles quanto os advogados responderão por associação para o tráfico e por envolvimento direto na série de crimes comentidos nesta semana.
ATAQUES
Desde o dia 21 de novembro, ataques e incêndios em veículos assustam motoristas e moradores do Rio. Para as autoridades de segurança, as ações são uma retaliação dos traficantes contra a instalação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) nos morros e favelas.
Até as 21h desta sexta-feira, 45 pessoas tinham morrido durante conflito entre policiais e criminosos e cerca de 100 veículos foram incendiados em diferentes pontos do Estado, desde domingo (21).
Do total de mortos, 34 são suspeitos registrados pela PM, 7 são suspeitos registrados pela Polícia Civil e quatro são moradores, conforme hospitais públicos. (com informações da Folha.com)
Por meio de nota, a Sejus informou que a permanência de presos no sistema penitenciário federal atende à critérios de segurança e que a renovação desta permanência é feito de acordo com os requisitos legais.
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