Oposição no Brasil: o Retrato do Fracasso - Por Professor Nazareno*

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Foto: Divulgação

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As eleições no Brasil têm funcionado como os jogos do Brasil em Copa do Mundo: na derrota do primeiro jogo eliminatório, este ano foi contra a Holanda, o time sai de campo com a cabeça baixa, desolado, triste, irreconhecível, o técnico é demitido e começa a preparação para a próxima competição sempre insistindo que não se repetirão os erros. Passada a festa democrática das urnas, os perdedores também abandonam o "campo de jogo" e se recolhem para juntar os cacos da desilusão. Cai-lhes o mundo sobre as costas e as lamentações passam a fazer parte do cotidiano. Mas está tudo errado. Oposição tem uma função muito importante no jogo democrático. Quem ganha, lógico que governa, mas quem perde deveria fiscalizar de perto o governante como acontece nas principais democracias do mundo, onde líder oposicionista é carismático.
Quem será o líder da oposição ao Governo de Dilma? José Serra, dizem, morreu politicamente. Aécio Neves já disse que não quer. No âmbito da própria política, via Legislativo, deveria haver uma maior resistência às investidas equivocadas do Poder, mas o próximo Congresso Nacional tem maioria governista. Nos Estados a situação é pior ainda. Em Rondônia, por exemplo, a oposição é uma mulher e se chama abstenção: 35,8% não foram votar, votaram em branco ou anularam o voto e o "Império da Roça" de Cassol e Cahulla caiu por terra. Chapéu agora só no Senado. Além do mais, a oposição foi simplória e não soube pedir voto. Acusou a candidata Dilma de tantas tolices e se esqueceu do principal. "Dilma permitirá casamentos entre homossexuais", disseram. Outra tolice: "ela é favorável ao aborto". Mais: "vai implantar uma ditadura", "não acredita em Deus" ou "ela foi uma guerrilheira e nunca entrará nos EUA".
Claro que havia temas mais importantes para serem discutidos em vez de se falar abobrinhas. Mas a elite brasileira é mesmo burra e tosca. Parece até a ACLER, a Academia de Letras de Rondônia: dá a impressão de que é um "ninho de intelectuais" e que presta relevantes serviços à cultura e ao povo. Tudo lorota. A oposição brasileira e a de Rondônia também dizem usar o lema "Non Vi, sede virtute", (não pela força, mas pela qualidade). Isso é outra mentira: assim como os "imorríveis" rondonienses, elas não têm força nenhuma muito menos qualidade. A questão das privatizações de FHC poderia ter sido discutida. Aqui, a eterna dívida do Beron deveria ter vindo à baila. Quanto pagamos? Por que pagamos? Por que o Governo Federal dispensou a dívida do Haiti, Moçambique, Nicarágua, Bolívia, Cabo Verde, Gabão e a do Beron, não?
Neste contexto, para o Governo brasileiro os rondonienses são piores do que os haitianos ou os bolivianos. Já pensou o que não teria acontecido a Rondônia se não aceitasse a construção das hidrelétricas para abastecer de energia boa e barata os Estados do sul? Além de não ter banco, ainda temos que pagar uma fortuna pelo que nos tiraram. Devíamos criar agora o "Roban", Rondônia Banco, onde poderíamos ter uma conta corrente e guardar as nossas poupanças diárias. As Assembléias Legislativas estaduais até que poderiam fazer oposição de verdade e sem precisar ser filmada. A daqui é uma piada e não consegue criar leis mais importantes do que "defecar em privadas de rodoviárias". Pela pouca ou nenhuma importância, deveria ter o número de seus membros reduzido. Ora, o STF tem onze ministros, que são dez, e lá só dá empate.
Como se vê, é muito difícil ser ou fazer oposição neste país. Os políticos geralmente só fazem política se estiverem na situação. São como lombrigas: fora da sujeira não sobrevivem por muito tempo. Muitos deles contrataram os trabalhos eficientes e confiáveis do Instituto Phoenix de Rondônia e a ele encomendaram suas pesquisas. Fazer oposição não é enganar o já enganado povo. É fiscalizar as ações dos Governos. É discutir idéias e propostas com o objetivo maior de governar para o bem-estar geral. Discutindo tolices e deixando os grandes temas nacionais e estaduais de fora só podia acontecer o inevitável: a derrota do país nas urnas. "Venceu o menos ruim" , é um absurdo que praticamente só acontece em países onde a política e os políticos valem tanto quanto uma academia de letras, uma seleção de futebol desacreditada ou um banco falido pela incompetência de "não se sabe quem".
*É Professor em Porto Velho
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