A Prefeitura de Porto Velho aguarda a entrega de quatro carros para regularizar o serviço de captura e remoção de animais. Mais conhecido como “carrocinha”, os carros estão sendo adquiridos pelo consórcio Energia Sustentável como parte das compensações pela construção da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira. “Com esses veículos vamos ter como atender a população e melhorar esse serviço. Mesmo com todas as dificuldades a carrocinha não deixou de percorrer as ruas da cidade”, confirmou o secretário municipal de Saúde Williames Pimentel de Oliveira.
De acordo com o médico veterinário Alexandre Ribeiro, do Canil Municipal, por dia a carrocinha recolhe das ruas de Porto Velho entre 20 a 25 animais, na maioria cães abandonados que vivem soltos nas ruas. Pelo último levantamento feito pelo Departamento de Controle de Zoonoses (DCZ), da secretaria municipal de Saúde (Semusa), 116 animais foram capturados de janeiro a março. “Ao serem capturados e darem entrada no canil, o procedimento de praxe é aguardar cinco dias úteis para que o dono faça procuração de seu animal. Após esse prazo, se o cachorro estiver em boas condições sanitárias ele é encaminhado para adoção”, explicou.
Alexandre Ribeiro adiantou que além da captura, o Departamento de Controle de Zoonoses, por meio do serviço da carrocinha, faz também a remoção de animais indo direto as residências. A média diária de animais removidos é de 10 a 15 cães, que são colocados para a adoção. A solicitação do serviço pode ser feita pelo telefone 3901-2878.
Adoção
Os interessados em fazer a adoção, primeiro devem entrar em contato com o canil municipal para saber se tem algum animal disponível. Se houver, ele deve comparecer ao canil para verificar qual animal mais lhe agrada. Para fazer a solicitação o interessado deve está munido de sua carteira de identidade, CPF e uma coleira para levar o animal. “A procura por animais para adoção tem sido significativa. Nesse caso, a procura é mais por cães de guarda”, adiantou o veterinário.
O veterinário adiantou ainda que o abandono expõe estes animais a morrerem de sede, fome, falta de abrigo, maus tratos e a procriação descontrolada, fazendo-se necessário controlar a população canina e felina, reduzindo-se assim os riscos de ocorrerem transmissão de doenças e a contaminação ambiental por parasitas.
É um problema sério que afeta os centros urbanos e que, normalmente, o “descarte” ocorre por motivos fúteis tais como, sujar a casa, latir, quebrar os pertences, exigir atenção demasiada, entre outros. Além disso, a falta de responsabilidade no cuidado dos animais domésticos onera os cofres públicos, sobrecarrega os serviços de captura e eutanásia e permite que os animais errantes atuem como hospedeiros de diversos agentes causadores de doenças.