Descanso breve na Copa – Por Domingues Jr.

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Foto: Divulgação

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Overdose

 

Os jogos da Copa deram uma pausa. Foi uma carga extra de futebol, desde o início da competição. Algumas partidas valeram a pena, outras foram de dar pena.

 

Opostos

 

Enquanto o regime de concentração do Brasil segue a cartilha de Dunga: isolamento e foco. Na Argentina o tio Maradona liberou quase geral. Lá o estilo é o de descontração e desconcentração. O exagero foi o fato de que jogadores chegaram a passar o dia da folga curando a ressaca da comemoração pela classificação. Se cair diante da Alemanha certamente a culpa cairá sobre o excesso de liberdade. Se passar adiante, Maradona inaugura uma nova era, a democracia argentina. Só falta chamar o doutor Sócrates para ser o consultor.

 

Elementar?

 

Pior fizeram os jogadores ingleses. Ao invés de tristeza e frustração com a passagem de volta, foram flagrados no maior auê, com bebidas, cigarros e até um charuto, no melhor estilo alegria pouca é bobagem. Os tablóides locais, que adoram uma fofoca, caíram malhando em cima dos atletas.

 

Novidades

 

Pela primeira vez na história o número de equipes da América do Sul é maior do que o de europeus entre os oito melhores times da Copa. Paraguai, Uruguai, Brasil e Argentina      contra Espanha, Alemanha e Holanda. Com a seleção de Gana representando a África. Sem dúvida um Mundial pra lá de diferente. Os europeus certamente já andam a procura de uma boa desculpa para o fiasco.

 

Nome aos bois

 

Num meio de campo irregular e pouco inspirado, Elano fará muita falta. O mais constante e equilibrado naquele setor da seleção de Dunga, praticamente deu adeus à Copa. Sua contusão é mais grave do que se imaginava. Uma pena! Também por causa da ausência de Ramires. Provavelmente Josué ficará encarregado do setor e da marcação de Sneijder. Se a vaca for pro brejo, será vaca holandesa, com certeza.

 

Lá, como cá

 

O técnico da França, Raymond Domenech, responsabilizou o jornal “L’Equipe”, divulgando os xingamentos de Anelka, pela crise que atingiu a seleção na Copa do Mundo. Além dos problemas de relacionamento e do boicote a um dos treinos, os Bleus foram eliminados na primeira fase, sem uma vitória sequer.  Domenech,  que prestou depoimento  a portas fechadas, na Assembleia Nacional do país, esqueceu que os xingamentos aconteceram depois de partidas terríveis, de uma seleção classificada para a Copa graças a um gol irregular, cujo técnico não foi capaz de comandar e criar uma equipe.  É, na França também a culpa sempre é da imprensa.

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(Coluna anterior)

Bola

 
Quem tem a posse de bola tem maior probabilidade de vitória. Não é uma frase nova, mas foi com ela que o técnico de Portugal tentou explicar a derrota de sua seleção  para a Espanha. Simples, mas correta. Pois foi exatamente o que aconteceu. Só que a posse de bola espanhola não é uma posse de bola qualquer. Ao menos não foi assim nesta partida. Foi um jogo à la Barcelona. Toques curtos, passes certos, viradas  milimétricas e chances de gol. Tantas foram que Eduardo, o goleiro português,  foi quem mais trabalhou em seu time. Suas lágrimas no final, consolado pelo rival Casillas, resumem bem o quanto sofreu a “equipa”  para perder só de um a zero.
 
 
Vou me valer de outra frase, para tentar resumir o calvário de Cristiano Ronaldo. Junto com Rooney,  outra decepção na Copa. O atacante português migrou de posição três vezes durante o jogo. Começou mais aberto, passou a centralizar no ataque e depois tentou recuar um pouco para ajudar na armação. Com poucos companheiros à sua altura, volta pra casa com a certeza do dever não cumprido. Não conseguiu carregar o time sozinho. Mas não pode carregar a culpa também.
 
Brilhante
 
Pelo lado espanhol, além do volume de jogo, é David Villa a grande estrela. Nunca na história de uma Copa uma contratação valorizou tanto. O Barcelona comemora cada euro, dos 40 milhões que pagou por ele para o Valencia. É o melhor atacante do Mundial até aqui, com quatro gols e um futebol encantador. Cairá muito bem no Barça.
 
Adversário
 
Mas a Espanha tem um osso duríssimo pra roer na próxima partida. O Paraguai chegou a um ponto na Copa de onde não quer voltar, de jeito nenhum. São tristes suas lembranças da eliminação contra a França, no gol de ouro em 1998. Também doem as memórias da derrota para a Alemanha  em 2006. Mais equilibrada,  a seleção paraguaia é simples como seu técnico. O que não significa pouca coisa. É nessa simplicidade que está o segredo de mais um sul-americano que faz bonito na África.
 
Discípulos
 
E o que dizer do Japão? Uma seleção jovem, que aprendeu muito com Zico e seguiu aprendendo com seu sucessor no comando técnico. Uma agradável surpresa na competição. Um pênalti mal batido tirou suas chances na Copa, mas não sepultou a esperança do futebol asiático. Finalmente a bola do outro lado do mundo também está competitiva.
 
Direito ao esquecimento

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