Trabalhadores que estiveram presentes na manifestação pacífica iniciada dentro dos canteiros denunciam que o estopim da revolta contra a empresa foi a atitude absurda tomada por um engenheiro de nome “Miranda” que ao ser abordado por um manifestante teria desferido um golpe violento de capacete contra o rosto de um trabalhador que teve um corte profundo na face.
O fato se deu logo pela manhã (7:30hs), enquanto os trabalhadores se reuniam para discutir sobre a manifestação, o dito engenheiro fez questão de se dirigir ao centro da manifestação para incitar os trabalhadores e atrapalhar a reunião, vindo a praticar a agressão.
A partir daí, o que era pra ser uma manifestação pacífica, fez com que o mesmo engenheiro teve seu carro depredado e virado exatamente em resposta a agressão oferecida ao trabalhador, com muita dificuldade uma equipe do sindicato que acompanhava a reunião conseguiu afastar o engenheiro das mãos dos trabalhadores que por pouco não chegaram as vias de fato contra o engenheiro.
Tal atitude foi o que bastou para que um sentimento de revolta se instalasse e a partir daí ficou incontrolável a situação vindo a ter vários ônibus depredados e um incendiado.
É comum ao STICCERO receber diariamente denúncias aburdas de assédio moral e humilhações que são praticadas dentro dos canteiros das usinas, em alguns casos vindo a culminar em demissões.
“Estamos em fase de negociação salarial junto as empresas, é inconcebível que qualquer funcionário administrativo venha a agredir, mesmo que verbalmente, qualquer trabalhador em um momento tão delicado onde a principal prioridade é o entendimento”, afirmou o vice-presidente Altair Donizete que presenciou todo o ocorrido.
Imagens da agressão injustificada também estão sendo coletadas pelo sindicato para que sejam analisadas pelo Ministério do Trabalho, para que sejam aciononados os devidos responsáveis.
O Sindicato deixa bem claro que não aprova e participa de atos de vandalismos ou violência, porém, jamais permitirá que algum trabalhador seja agredido por superiores, principalmente durante manifestações pacíficas de reivindicação de direitos e melhorias e estará tomando as medidas cabíveis para
“A manifestação foi espontânea por parte dos trabalhadores que estão há meses insatisfeitos com os maus tratos sofridos e o descaso das empresas em relação a alguns direitos adquiridos no acordo do ano passado e que não estão sendo cumpridos, como a “Baixada”, que é o direito de retornar ao Estado de origem a cada período de 6 meses, o que não está sendo cumprido”, informou a assessoria de comunicação do sindicato.
“Estamos propondo a Comissão de trabalhadores formada no centro da manifestação a que a mesma seja paralisada durante uma semana, para que o Sindicato possa negociar com a empresa e apresentar a contra proposta enviada até a próxima segunda feira (22/06), 7:00hs da manhã, no canteiro de obra da Usina de Santo Antônio, para que os trabalhadores decidam se aceitam ou não a pauta negociada”, declarou o presidente do STICCERO, Raimundo Soares.