Caranavas de todo o Estado chegam a Porto Velho nesta quinta-feira (25/03) para intensificar os protestos contra o governo do Estado e reforçar a luta pelo atendimento das reivindicações dos trabalhadores em educação, em greve há 12 dias.
Levantamento feito pelo Sintero nesta quarta-feira indicam que a greve tem a adesão de 90% dos trabalhadores em educação em todo o Estado, contrapondo as declarações da secretária de Estado Marli Caúla, que declara não haver greve nas escolas.
Os trabalhadores em educação estão decididos a manter a greve por tempo indeterminado, até que haja negociações.
De acordo com o comando de greve, a comissão de deputados estaduais instituída na Assembléia Legislativa para intermediar as negociações está em contato com o governo e prometeu uma resposta até segunda-feira.
“Os trabalhadores em educação aguardam uma resposta dessa negociação entre os deputados e o governo. A categoria não abre mão de uma negociação que contemple tanto os professores quanto os funcionários de escolas”, disse Claudir Mata, presidente do Sintero.
Os grevistas continuam acampados em frente à Assembléia Legislativa, em Porto Velho. Se não houver avanço nas negociações, prometem montar vigília e até ocupar as galerias por tempo indeterminado.
Os trabalhadores em educação possuem os salários mais baixos do governo. Em 2003, quando o governador Ivo Cassol tomou posse, um professor ganhava 7 salários mínimos, e hoje ganha três. Um funcionário de escola ganhava três salários mínimos, agora ganha um salário mínimo. A defasagem salarial só na atual administração é de 25%.