ARTIGO - 2010: O que nos espera ou que podemos esperar – Por Ruzel Costa*

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ARTIGO - 2010: O que nos espera ou que podemos esperar – Por Ruzel Costa*

Foto: Divulgação

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Ano de eleição, de copa do mundo, mas que começou com grandes catástrofes naturais com muitas mortes (a natureza tarda, mas não falha). Desmoronamento em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, enchentes em São Paulo, Minas Gerais, Rondônia e Rio Grande do Sul, inclusive com o desabamento de uma ponte entre os municípios de Agudo e Restinga.
 
O Haiti, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) sofreu  uma das maiores catástrofes do mundo, com milhares de mortes, desabrigados, famintos,doentes, com o terremoto ocorrido em 12 de janeiro. Mas não podemos esquecer que temos um Haiti no Brasil
 
Mas o que esperar de 2010?
        
Que o carnaval de rua seja melhor que 2009.
 
Que as polêmicas pontes sobre o rio Madeira, saiam dos projetos para a realidade.
 
Que a dengue seja controlada no estado e as campanhas contra a doença atinjam a toda população.
 
Que o nosso trânsito seja menos caótico, mais responsável e os inúmeros mototaxistas sejam mais prudentes e se preocupem com os capacetes usados pelos passageiros.
 
Que o campeonato rondoniense seja empolgante, leal, participativo e marcante com a volta do Moto clube.
 
Que os vários viadutos em construção na capital sigam seus cronogramas, assim cumprindo o prazo de entrega.
 
Que nenhuma criança fique sem estudar.
 
Que as eleições no estado, sigam de forma ordeira e que sejam eleitos aqueles que realmente tenham projetos para beneficiar a sociedade na educação, saúde, segurança, transportes.
 
Que os hospitais, policlínicas e postos de saúde atendam o maior número de pessoas que necessitam desses serviços.
 
Que a tão esperada transposição seja realmente uma realidade.
 
Que o Brasil conquiste a Copa do Mundo e que o continente africano chame novamente a atenção do mundo pela: miséria, pobreza, fome, doenças em que vive sua população.
 
Que os apagões não sejam tão frequentes ( muitos lembram quando passávamos 10,12 e até 24 horas sem energia e não havia na mídia nenhum comentário)
        
Será que é pedir ou  esperar muito de “2010”?
 
Talvez, esse ano o Brasil tenha ou venha a ter seu primeiro Prêmio Nobel, mas infelizmente de uma forma póstuma.
 
Indicada pela primeira vez ao Prêmio Nobel da Paz em 2001 a catarinense Zilda Arns Neumann (1934-2010) médica pediatra e sanitarista criadora e administradora da Pastoral da Criança, morta no Haiti em decorrência do desmoronamento de uma igreja ocasionado pelo terremoto.
 
A Revista Veja, na edição de 20 de janeiro publicou:
 
 “Viveu como santa, morreu como Mártir.
 
Fundadora da Pastoral da Criança, a médica Zilda Arns dedicou a existência a minorar o sofrimento dos despossuídos e a evitar o desperdício da vida. Até o último minuto”
        
O que é a Pastoral da Criança?
 
É uma rede de solidariedade criado em 1983, que combate a desnutrição e a mortalidade infantil, buscando a melhoria da qualidade de vida das crianças brasileiras. Atualmente, ela já está presente em 4000 municípios de todos estados brasileiros, atendendo gestantes e crianças carentes, independentemente de cor, raça, crença religiosa ou política.
 
Um artigo sobre a criação do estado de Rondônia, escrito por mim e publicado em 22 de dezembro de 2009, que recebeu o seguinte comentário “Além de não ter heróis, Rondônia quase não tem história também... ”
 
Certa vez li um artigo publicado com o tema Porto Velho: uma cidade sem símbolo do mesmo autor que fez o comentário.
 
Como não temos heróis?
 
Não como aqueles heróis criados pela história antiga ou mais recente pela história oficial e até mesmo pela mídia, mas aqueles que aqui estiveram, construíram, contribuíram ou contribuem para o desenvolvimento, como os que produzem nossos alimentos, os profissionais da educação, saúde, segurança, transportes, limpeza pública, os pais muitas vezes  são verdadeiros heróis para seu filhos.
 
Afinal quem nunca se sentiu um herói?
 
Esperamos que o trabalho de Zilda Arns prossiga em 2010 como nas décadas vindouras
 
Na obra O mito do herói nacional de Paulo Miceli, Editora Contexto, desmistifica alguns dos mais famosos “heróis” brasileiros e define como herói “ aquela pessoa que eu gostaria de ser”        
 
Esperamos que o trabalho de Zilda Arns prossiga em 2010 como também nas décadas vindouras.
        
Não sei a que história o comentário se refere, mas temos muita rica, variada e interessante história que vai além do espaço nacional. Nos currículos do Ensino Médio e até Superior há disciplinas especificas sobre o estado de Rondônia. (Geografia e História) Nos concursos públicos para provimentos de cargos ou vestibular exigem conhecimentos sobre Rondônia.
 
Com relação a símbolos todas as áreas apresentam marcas, como, por exemplo, a do Sertão Nordestino onde a seca, a vegetação xerófita, os rios temporários, os latifúndios, a pobreza são os símbolos que marcam a Região.
 
Em Porto Velho mais especificamente, vários são os pontos que simbolizam a cidade: o grandioso rio Madeira citado no Guinness Book (edição de 1997) como o maior afluente do mundo, as Três Caixas d´Água módulos metálicos oriundas dos Estados Unidos e montadas entre 1910-1912. Símbolo tão importante que aparece tanto na Bandeira como no Brasão de Porto Velho, criados pelo acadêmico Antônio Cândido da Silva. Outro importante símbolo apesar de tudo é a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré que tem grande importância pelo mundo afora pelo feito histórico, retratado em várias bibliografias, filmes, poemas, músicas e uma minissérie Mad Maria exibida pela Rede Globo de Televisão em janeiro de 2005 é retratada também nos hinos de Rondônia (Joaquim de Araújo Lima) e de Porto Velho (Cláudio Batista Feitosa) e que também fazem parte do Brasão de Rondônia e de Porto Velho.
 
         Entrei em contato com o acadêmico Antônio Cândido, a respeito dos símbolos da capital (bandeira e brasão) e cordialmente respondeu. Agradeço ao membro da Academia Rondoniense de Letras.
 
 A Bandeira do município de Porto Velho tem um terço do seu tamanho em cor amarela, simbolizando as riquezas minerais do município, e os outros dois terços, em cor azul, representando a beleza do nosso céu azul na época da sua criação.
Na parte amarela, encontramos a figura das três Caixas-D'água erguidas no complexo ferroviário na época da construção da Estrada Ferro Madeira-Mamoré, em volta do qual
se originou a cidade Porto Velho.
 
       
A escolha das "Caixas d'Água" como símbolo do município deve-se ao fato delas lembrarem dois momentos de resistência: o primeiro quando da construção da ferrovia quando muitas vidas foram ceifadas para que o sonho de construí-la pudesse ser realizado; o segundo quando da erradicação e princípio de venda do acervo ferroviário, quando elas, as "Caixas d'Água", permaneceram firmes apesar das pretensões de desmontá-las, vendê-las ou transformá-las em depósitos de óleo. Ninguém conseguiu atingi-las.
 
O Brasão do município de Porto Velho é formado pela figura estilizada das três "Caixas d'Água" sobrepostas em meio a uma coroa formada por um torçal de plantas de arroz à direita e por um ramo de seringueira à esquerda, encimada por uma estrela de prata de cinco pontas, e sobre ela a legenda "PORTO VELHO". 
Sobe a figura das três "Caixas d'Água", um fragmento de trilhos da ferrovia Madeira-Mamoré em forma semicircular, sobre um listel azul, onde se lê "2 DE OUTUBRO DE 1914". Todo o conjunto repousa sobre um resplendor de ouro formando uma estrela
de 30 pontas.

O torçal de arroz simboliza a riqueza agrícola do município enquanto o ramo de seringueira nos traz à lembrança os primeiros extrativistas que ocuparam a região. A estrela de cinco pontas representa Porto Velho como a capital do estado de Rondônia. As "Caizas d'Água" e o fragmento da ferrovia nos lembra que em volta da Estrada de ferro Madeira-Mamoré nasceu a cidade de Porto Velho, transformada em município no
dia 2 de outubro de 1914.
 
O resplendor de ouro que forma a estrela de 30 pontas, representa as riquezas minerais da região do município de Porto Velho na data da criação do Brasão.
 
Espero que o ano de 2010 seja de divulgação, de conhecimento, de aprendizado e os símbolos sejam apresentados à sociedade, especialmente o Hino de Porto Velho.
 
E ao findar mais um ano, que este seja de boas recordações e não para ser esquecido.
 
*Ruzel Costa Professor da rede pública de ensino, Objetivo e Faculdade Faro
Direito ao esquecimento

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