Em uma visita ao canteiro de obras do complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, o arquiteto e pesquisador da história de Rondônia, Luiz Leite de Oliveira, falou sobre o projeto da obra e como isso vai afetar todo o acervo histórico da EFMM.
De acordo com Luiz Leite a construção é tida por ele como criminosa, pois em vez da obra realizar uma restauração do complexo ferroviário para abrigar um ponto turístico de relevância internacional, a obra é apenas uma construção em cima da história da estrada de ferro – considerada gênese de Porto Velho.
“Essa obra é criminosa, o que estão fazendo com a cultura e a história de Porto Velho é algo incompressível e inaceitável”, disse Luiz Leite.
De acordo com as placas colocadas no local onde está o canteiro de obras a informação passada é que se trata de uma restauração, porém a empresa contratada para o serviço é uma construtora, fato que descaracteriza as normas de restauração do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Uma denúncia feita pela AAMA (Associação dos Amigos da Madeira Mamoré) no mês de setembro de 2009 conta o que eles chamam de "fuga das normas legais" no projeto de revitalização do pátio da extinta Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
Esse fato repercutiu no Brasil e também na Europa e Estados Unidos, pois segundo Luiz Leite e vários membros da AAMA que andam pela estrada de ferro, dormentes do trilho estão sendo arrancados sem nenhuma norma legal em consideração ao valor histórico do patrimônio tombado.