Cientista político de RO organiza seminário na Uniron sobre integração sul-americana - Por Paulo Queiroz

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Foto: Divulgação

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Política em Três Tempos
 
 
 
1 – HONDURAS EM FOCO
 
O que houve (está havendo), de fato, em Honduras? Não perderá seu tempo e nem muito menos a merreca de R$ 15,00 quem se dispuser a investir essa mixaria para se inscrever no I Seminário Uniron da Integração Sul-Americana, uma iniciativa do cientista político João Paulo Viana que, ao reunir especialistas da melhor qualidade nesta quinta-feira (1º de outubro), no campus da Uniron do Porto Velho Shopping, pretende facilitar a vida de quem quer entender – sem ser enganado – esta e outras questões que estão na ordem do dia.
 
Ouve-se falar bastante em assuntos tais como Mercosul, a liderança brasileira no continente, a Venezuela sob Hugo Chavez, o líder indígena Evo Morales na Bolívia, a questão Andina, a presença americana em bases militares na Colômbia, a crise atual em Honduras, a Rodovia Transoceânica do Pacífico, que ligará o Brasil aos portos peruanos de Ilo, Matarani e San Juá. Na verdade, porém, sabe-se muito pouco sobre tudo isso e “otras cositas más”. Pois bem. Para ficar só em um exemplo, enfoquemos o caso de Honduras.
 
Como o considerado tem sido bombardeado de uns tempos para cá pelas mídias de tudo quanto é tipo, a embaixada do Brasil na Capital hondurenha, Tegucigalpa, está, há vários dias, ocupada por um dos presidentes do país – Manuel Zelaya -, enquanto o outro - Roberto Micheletti, no poder desde que enxotou Zelaya do governo, ameaça suspender as garantias diplomáticas e invadir a missão brasileira, violando a soberania nacional. Mas o assunto não é pacífico. Parte da própria imprensa tapuia tenta puxar a brasa para a sardinha de Micheletti, defendendo que não houve golpe.
 
Para o mundo todo e uma banda da lua, porém, Roberto Micheletti não passa de um títere das forças mais retrógradas da republiqueta – com todo respeito - hondurenha e o que houve no país foi mesmo um golpe militar típico das narrativas que, no passado recente, inscreveram a região entre mais brutais e politicamente mais folclóricas do planeta. Mas, como se disse, há controvérsias.
 
2 – PRISÃO DE PIJAMAS
 
O rolo todo aconteceu porque Zelaya propôs que, mediante plebiscito, a Constituição do país fosse alterada de modo a permitir a reeleição presidencial – tipo feito aqui pelo ex-presidente FHC com uma diferença: em vez de consulta popular, o que se teve foi uma decisão do Congresso seguida de denúncias de compra de votos de toda ordem. Pois bem.
Como se disse, parte da imprensa insiste em defender que não se estaria diante de um “Golpe de Estado”, mas, sim, de um processo normal. Eis que a Constituição hondurenha prevê que a mera tentativa, por parte de todo e qualquer servidor público, de alterar o sistema de eleição do presidente da República implica imediata perda do cargo (artigo 239). Por conta disso, diz-se que foram obedecidas as regras constitucionais e legais para a deposição de Zelaya.
Mas, de fato, o que ocorreu? No resumo, militares invadiram o Palácio Presidencial e prenderam Zelaya. Que, ainda trajando pijamas, foi colocado em um avião e levado a Costa Rica. Naquele mesmo dia, o Congresso de Honduras ouviu a leitura de uma suposta carta de renúncia - que foi prontamente aceita. Ato contínuo, o presidente do dito Congresso, Roberto Micheletti, muito convenientemente se aboletou no poder.
Em que pese não se ter tido notícia de que o novo poder hondurenho tenha sido reconhecido em qualquer parte do planeta, Micheletti e corriola insistem na legalidade do governo. Os organismos multilaterais, mormente a ONU e a OEA, sempre condenaram o golpe, mas a ambigüidade campeia. Como se vê, sombras são o que não faltam.
Mas para quem preferir enxergar o imbróglio com mais clareza, alguma luz promete a palestra da professora Patrícia Mara Cabral Vasconcelos, mestra em Relações Internacionais pelo programa Santiago Dantas da UNICAMP /UNESP / PUC-SP e
Chefe do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Rondônia (Unir). Neste I Seminário Uniron de Integração Sul-Americana ela vai falar, a partir das 17h40, justamente sobre “A OEA e a crise de Honduras”.
 
3 – SEMINÁRIO UNIRON
 
O “Seminário Uniron da Integração Sul-Americana” vai acontecer na campus III da Instituição, no Porto Velho Shopping, a partir das 15h30, com a palestra “A Construção da Integração Regional, pelo professor Rodrigo de Barros Pereira, bacharel em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB) e mestrando em Relações Internacionais na América do Sul no Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos do Rio de Janeiro ( CEBELA-RJ). A prossegue com a conferência já anunciada da professora Patrícia Mara Cabral Vasconcelos, seguindo-se, a partir das 16h50, o relato da jornalista Emanuela Palma (TV Rondônia) sobre “Rodovia Transoceânica do Pacífico: relatos de uma aventura”.
 
À noite, às 19h, as atividades serão retomadas com a solenidade de abertura, ocasião em que as atividades serão retomadas sob a condução do empresário Fernando Prado, diretor-executivo da Uniron. Às 19h30, tendo com palestrante o professor Carlos Henrique Vieira Santana, será proferida a conferência “Algo de novo no front: o retorno do Estado e seus impactos na Integração Sul-Americana”. Mestre e doutorando em Ciência Política pelo Instituto Universitário do Rio de Janeiro (IUPERJ), Carlos Henrique Vieira Santana é pesquisador visitante na “University of Califórnia – Berkeley” e pesquisador permanente do Núcleo de Estudos do Capitalismo (NEIC) do IUPERJ.
 
A palestra seguinte, intitulada “A Integração Sul-Americana e os Sistemas de Defesa”, às 20h30, está a cargo do professor Manuel Domingos Neto. pós-doutor pela “École des Hautes Études en Sciences Sociales”, doutor em História pela “Université Paris III – Sorbonne Nouvelle”, docente da Universidade Federal do Ceará (UFCE) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), além de ter exercido o cargo de vice-presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no período 2003-2006.
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