Após greve histórica, negociação mediada pelo Ministério do Trabalho apresenta avanços aos trabalhadores das Usinas do Madeira

Após greve histórica, negociação mediada pelo Ministério do Trabalho apresenta avanços aos trabalhadores das Usinas do Madeira

Após greve histórica, negociação mediada pelo Ministério do Trabalho apresenta avanços aos trabalhadores das Usinas do Madeira

Foto: Divulgação

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Após a suspensão da greve de três dias, no dia 10 de setembro, na qual os trabalhadores conquistaram o direito de uma revisão na convenção coletiva, já que a antiga administração do Sindicato dos Trabalhadores na Construção (STICCERO) tinha aberto mão deste direito até maio de 2010; a comissão de negociação do Sindicato e representantes dos empreendimentos de Jirau e Santo Antônio, mediados pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), realizaram várias rodadas de negociações entre os dias 14 e 17 de setembro, acompanhadas Ministério Público do Trabalho.
 
As empresas Camargo Correia e o Consórcio Santo Antonio, Odebrecht e Andrade Gutierrez apresentaram uma nova proposta, na qual existem sete reivindicações principais: a primeira proposta é o valor dos pisos salariais: nível I, ajudantes, de R$ 540 para R$ 650; nível II, auxiliares de R$ 561,60 para R$ 700; nível III, pedreiros, carpinteiros, armador, eletricista e outros de R$ 649,08 para R$ 780; e nível IV, operadores e motoristas de R$ 691,20 para um valor inicial mínimo de R$ 1.009,00. A contra-proposta apresentada na mediação é de elevar a proposta patronal em dois níveis: de R$ 700 para 750 no nível II e R$ 780 para R$ 900 no nível III; além de assegurar um reajuste de 5% para as funções do nível IV que estejam acima do valor mínimo de R$ 1.009,00.
 
A proposta das empresas para outros três pontos importantes é: a) o reajuste para as funções que tenham valores superiores aos da tabela será de 5%, sobre os 8% já concedidos em maio deste ano; b) plano de assistência médica, somente para os funcionários, com cobertura 100% para cirurgias, internações e pronto-atendimento e de 50% para consultas e exames; e c) vale alimentação de R$ 50,00. A contra proposta na mediação: que a assistência médica seja também para mulher, marido e filhos, além da co-participação de 50% seja reduzida para 30% nas consultas e 20% nos exames; e que o vale alimentação seja de R$ 115,00.
 
Os demais pontos da proposta das empresas são: 1) visita à família para os que moram em outras localidades, a chamada “baixada”: será de 3 dias úteis a cada 6 meses de trabalho; 2) Participação nos Lucros e Resultados (PLR): será de 20 horas mensais, que corresponde a 240 horas ano; ou seja, equivalente a um salário e mais 10%, que será paga anualmente; e 3) adicional de horas-extras: de segunda a sábado 60% e domingos e feriados 100%. Contra-proposta na mediação: de segunda a sexta 60%, sábado 100% e domingos e feriados 120%.
 
A expectativa da comissão de negociação do STICCERO, para a última rodada de negociação que será às 16h00 de segunda-feira (21), é a de que as empresas aceitem a contra-proposta apresentada na mediação do Ministério do Trabalho; que apesar de estar abaixo das reivindicações, representam um avanço importante, especialmente considerando a “herança maldita” deixada pelos pelegos que comandavam o Sindicato até o inicio deste ano. A comissão considera fundamental uma melhoria na proposta em relação aos pisos de nível II e III; na assistência médica para a família, aumento no valor do vale alimentação e no percentual de horas-extras.
 
Na próxima quarta-feira (23) haverá uma audiência de conciliação na Justiça do Trabalho, no processo de Dissídio Coletivo de Greve nº 01546.2009.000.14.00-8, quando serão apresentados os resultados das negociações à Presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), desembargadora Maria Cesarineide de Souza Lima, e ao procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Aílton Vieira dos Santos. A decisão final sobre aceitação da proposta será tomada em assembléia da categoria. Para o presidente da CUT, Itamar Ferreira, e o representante da confederação CONTICOM, Ademilton Borges, e do STICCERO, Anderson Machado os avanços conseguidos até o momento só foram possíveis graças à mobilização da categoria.
 
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