Painel Político – (Dobradinhas nas eleições 2010. O problema dos menores na Capital) – Alan Alex

Dobradinhas nas eleições 2010. O problema dos menores na Capital

Painel Político – (Dobradinhas nas eleições 2010. O problema dos menores na Capital) – Alan Alex

Foto: Divulgação

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Dobradinhas

Expedito Júnior para governador e João Cahúla para vice. Essa é a chapa dos sonhos de Ivo Cassol e pode se confirmar em 2010. Outra dobradinha que pode acontecer é Ivo Cassol e Valdir Raupp ao Senado. Essas duas alternativas estão sendo discutidas nos bastidores.

Patinho feio

Por enquanto o patinho feio da disputa em 2010 ao Governo é o PT. Os aliados de sempre como PC do B e PDT andam escaldados com a companheirada. E a aproximação de Cassol com a ministra Dilma Roussef deixou a turma daqui com as barbas de molho.

Menores nas ruas

Quando eu tinha 12, 13 anos, havia uma Kombi que circulava nas ruas de Porto Velho que era temida por todos os menores, a chamada “Kombi da Demec”, que na época era a Delegacia de Menores. Nesse veículo, policiais civis pegavam os menores que se encontravam nas ruas após às 22 horas e os encaminhavam ou para suas casas ou para o prédio da Demec, onde eram liberados na manhã seguinte mediante a presença dos pais. Mas a Kombi não circula mais, e os menores perderam o medo da polícia.

Problema que se agrava

Com isso, crianças cada vez mais jovens passaram a frequentar todos os locais da cidade, como pedintes, flanelinhas ou se prostituindo. Lá da Jatuarana, chega um e-mail à redação solicitando o apoio do jornal Rondoniaovivo para denunciar que crianças ficam na porta da panificadora Norte Nordeste até às 23 horas “guardando carros” e essas crianças são obrigadas pelos pais a pagar uma espécie de “diária”, como se eles tivessem pedido para vir ao mundo. O Conselho Tutelar não se mexe para resolver esse problema.

Descaso

Na verdade o problema dos menores nas ruas de Porto Velho virou um verdadeiro escândalo. Todos enxergam mas ninguém faz nada. Um exemplo mais central é a porta da panificadora Roma, situada na Avenida Abunã, esquina com Brasília. Juízes, promotores, políticos, advogados, médicos e outros profissionais frequentam a panificadora, mas nenhum deles presta atenção ao grupo de crianças que fica na porta pedindo moedas. São os “moleques inconvenientes”. E a vida segue.

Flanelinhas

Os flanelinhas são um caso de polícia. De acordo com dados da secretaria de Segurança Pública, praticamente não há roubo de carros em Porto Velho. Os veículos são roubados normalmente para carregar o fruto de um assalto a residência e são recuperados em seguida. Mas o descaso do poder público com menores e com os chamados “guardadores” criou uma verdadeira legião de achacadores nas ruas. Alguns chegam ao cúmulo de cobrar R$ 5 para “cuidar” do carro. E caso você se recuse a pagar, seu veículo poderá ser seriamente danificado.

Culpado

A culpa disso senhores, é da prefeitura. Vou explicar. Quem chegou agora em Porto Velho não sabe disso, mas os mais antigos lembram. Há alguns anos, na administração do ex-prefeito Chiquilito Erse, foi implantado na região central da cidade, um programa chamado “Zona Azul”. Menores eram uniformizados e vendiam tickets de estacionamento. O sistema dava resultados, aumentando a renda de famílias carentes, aumentava a arrecadação do município e ainda facilitava a vida dos motoristas. E isso acontecia quando o trânsito da Capital ainda era relativamente tranquilo e não essa bagunça atual. Mas o programa acabou e deu no que deu.

Cúmplice

Já os motoristas que dão dinheiro para esses “guardadores de carros” são cúmplices desse problema social. Ao dar dinheiro para uma criança, você incentiva a permanência dela nas ruas. Ao perceber que é fácil ganhar dinheiro pedindo, ela deixa de estudar e a medida em que for crescendo, vai deixando de ser engraçadinho e vai optar por outras formas de ganhar dinheiro. O assalto é uma delas. Caso o poder público e a sociedade não se conscientizem que é necessário adotar medidas efetivas de coerção, muito em breve teremos assaltos em semáforos e batedores de bolsas nas ruas.

Mais vereadores

Passou na Câmara, em 1º turno, uma emenda que prevê a recriação de 7,7 mil vagas de vereador em todo o país. Como o texto diz que a ação passa a ser válida a partir das eleições de 2008, há o entendimento que suplentes eleitos no ano passado poderão assumir essas novas vagas. Ainda falta votar a emenda, já aprovada pelo Senado, em 2º turno. Polêmica, a medida deve gerar questionamentos na Justiça. Além disso, caso passe, a Justiça eleitoral terá de refazer as contas do quociente eleitoral para acomodar os novos vereadores de forma proporcional. Hoje o número de vereadores está atrelado ao número de habitantes do município e varia entre 9 e 55. Com a emenda, o mínimo passa a ser 11.

Cotas para negros

A Câmara também aprovou ontem, depois de dez anos de tramitação, o Estatuto da Igualdade Racial, projeto do deputado Antônio Roberto (PV-MG), que traz três pontos principais: os partidos políticos são obrigados a reservar 10% de suas candidaturas para negros nas eleições proporcionais (hoje já existe uma cota de 30% para as mulheres), o sistema de saúde terá de garantir tratamento especializado de doenças mais características da raça negra e, na área da educação, passa a ser obrigatória a inclusão de aulas sobre história geral da África no currículo do ensino fundamental. A proposta vai agora ao Senado.

Fim das letrinhas miúdas

As bulas de todos os tipos de remédios terão de ser redigidas de maneira mais clara – e com letras maiores – para que sejam facilmente compreendidas pelos consumidores. Foi o que determinou ontem a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Pelas novas regras, as bulas deverão ser escritas em forma de perguntas e respostas (e não mais dividida em intertítulos como “Posologia”) e tanto as letras, como o espaçamento entre as linhas devem ser aumentados. Além disso, passa a ser obrigatório que existam duas bulas, uma para os pacientes e outra para profissionais de saúde. Os fabricantes terão até 2011 para se adaptar.

Polícia Rodoviária Estadual

O governo do Estado estuda a possibilidade de criar a Polícia Rodoviária Estadual, nos moldes das que existem em estados como Minas, São Paulo, Paraná e outros. Rondônia é um dos estados que mais desenvolveu, proporcionalmente, sua malha viária nos últimos anos, aproximadamente 95% dos 52 municípios rondonienses estão interligados por rodovias pavimentadas até a BR-364 e isso gerou  um acréscimo no número de acidentes e no registro de furtos e roubo de cargas. Soma-se a isso o fato do Estado fazer fronteira com a Bolívia, que é um dos principais fornecedores de cocaína do mundo. A nova polícia deverá ser responsável pelo patrulhamento de todas as rodovias do Estado. Já estava na hora.

Na TV

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