Projeto financiado pelo PAC deve desapropriar moradores tradicionais em região central de Porto Velho

Projeto financiado pelo PAC deve desapropriar moradores tradicionais em região central de Porto Velho

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Foto: Divulgação

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Rua Jacy Paraná, bairro Santa Bárbara, um dos pontos de desapropriação na capital.

Uma obra municipal de magnitude faraônica intitulada de Projeto Santa Bárbara a ser realizada em Porto Velho, vem causando confusão, desespero e revolta de alguns moradores de uma das áreas de abrangência do projeto, na rua Jacy Paraná, no bairro que dá nome ao projeto, por causa da desapropriação que está sendo executada. De acordo com um dos moradores da rua, Antônio Carlos, na última quinta feira (27), alguns funcionários da prefeitura foram até a sua residência tirar fotos e informar que a via onde ele e alguns vizinhos moram há mais de 40 anos estava dentro do Projeto Santa Bárbara e que era para todos os moradores ficarem cientes de que a qualquer momento seria solicitada a desapropriação de todos os terrenos da área.
 
“Não queremos sair de nossas casas onde estamos acostumados, aqui temos nosso conforto e criamos nossos filhos, não é correto sair de nossas casas para morar em apartamentos que não tem identidade nenhuma com nossas famílias”, afirma Antonio.
 
O morador disse que não entende como uma situação de desapropriação dessa natureza é aplicada numa área onde existem residências fixas há décadas. “Não houve nenhum plebiscito ou audiência pública que levantasse a opinião dessas pessoas em relação a obra a ser desenvolvida por esse projeto. Como pode?”, questionou Antonio.
 
Os moradores foram informados pelos funcionários para se dirigir até a sede do projeto que fica no antigo 1º DP de Porto Velho, no bairro Cai N’Água.
 
NA SEDE
 
No local disponível como sede do projeto Santa Bárbara, onde funcionava o mal estruturado e antigo 1º DP, no Cai N’Água, os funcionários ficam acondicionados em uma pequena sala escura e sem ventilação. Em contato com Luiz Rodrigues Lourenço, que estava a sua família buscando informações sobre a situação de sua moradia, ele disse que mora há mais de 29 anos na mesma área, localizada na rua 13 de setembro, no bairro Mocambo, porém sua casa acidentalmente pegou fogo e quando deu início a obra de reconstrução ficou sabendo que ela também faz parte do projeto e que poderá ser desalojado a qualquer momento, por conta do projeto.
 
“Minha casa pegou fogo e ficou em uma situação crítica, agora quero reconstruir e não sei se posso, pois a única informação que tenho é que posso ser desalojado a qualquer momento, enquanto isso, moro no que sobrou dela após o incêndio”, disse triste Luiz.
 
Visivelmente nervoso, Luiz, ainda insistia em tentar obter alguma informação concreta sobre a situação de sua moradia, porém sem sucesso. A reportagem do Rondoniaovivo.com tentou conseguir mais detalhes sobre as desapropriações que ocorrerão e contato com uma atendente, que não se identificou, informou que apenas uma senhora conhecida pelo nome de Janeth poderia responder pelo projeto. Perguntada sobre a responsável, a reportagem foi informada que ela não estava e provavelmente apenas na próxima semana poderia ser encontrada. A atendente não soube também informar o sobrenome de Janeth e disse desconhecer também sobre que Secretaria estava a frente da obra ou quem era a equipe de levantamento de dados das famílias atingidas pela obra.
 
A OBRA
 
O projeto Santa Bárbara esta incluído em um programa maior intitulado Igarapés do Madeira criado pela Prefeitura de Porto Velho, que através de recursos de quase 100 milhões de reais investido pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), visa construir conjuntos habitacionais junto com áreas de lazer e esportes, em uma grande parte da zona central de Porto Velho, porém a construção dessa mega-obra poderá ter um grande impacto social na comunidade, principalmente nos moradores que possuem residência fixa há mais de 30 anos nos locais que serão atingidos pelo projeto.
 

Local onde fuciona a sede do Projeto Santa Bárbara.

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