SAÚDE - Paralisação na saúde afeta metade das UTIs do Hospital de Base
Foto: Divulgação
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“Não aceitamos o que está acontecendo. Essa atitude chegou a um ponto fora dos padrões. Estamos falando de pacientes que precisam de tratamento intensivo, são pessoas em UTIs, estamos falando de vidas. O movimento precisa repensar suas ações, pois a responsabilidade de interferir em um setor como o de UTI é muito grande. O Estado reafirma sua posição, todos os que participarem da greve terão os dias descontados e ainda a suspensão do pagamento das parcelas do Plano Bresser” declarou Milton Moreira, secretário de Estado da Saúde.
Quando um paciente receber alta, não teremos como receber outro
O HB oferece um centro de tratamento intensivo com 14 leitos. O local atende pacientes pós-cirúrgicos e em estado grave. Para atender as UTIs são necessários médicos intensivistas, enfermeiros e auxiliares. Porém, desde o inicio do movimento a falta de servidores colocou o setor abaixo da sua capacidade de atendimento. Para os serviços são necessários 07 auxiliares em enfermagem, mas somente 04 estão trabalhando. Eles são responsáveis por diversas atividades como o acompanhamento de freqüência cardíaca, pressão arterial, em preparar e ministrar a medicação e pelo banho dos pacientes.
“São funcionários que permanecem bastante tempo ao lado das pessoas internadas. E, com essas faltas, não poderemos manter 14 pacientes internados. Cada um dos 07 auxiliares é responsável pelos cuidados de dois leitos. Por isso, enquanto o movimento se mantiver, a capacidade da UTI do HB será reduzida em 50%. Quando um paciente receber alta, não teremos como receber outro. Sem o corpo clínico completo não podemos atender em nossa totalidade”, explicou o médico Marcos Wendel, responsável pelas UTIs do HB.
Tudo no Sindsaúde precisa ser resolvido na Justiça
“Esperamos que essa situação irresponsável seja revista pelos líderes sindicais. Se os atendimentos nas nossas UTIs não forem restabelecidos de imediato, o Sindsaúde será responsabilizado. Que a disputa eleitoral não interfira tão profundamente na vida de quem está internado em uma unidade de tratamento intensivo. Será que não percebem que eles ou qualquer outra pessoa podem precisar de uma UTI. Já não basta atrapalhar o atendimento à crianças e à recém-nascidos no Hospital Infantil Cosme e Damião. Parece que tudo no Sindsaúde precisa ser resolvido na Justiça, então, se for preciso, irei à Justiça para assegurar o funcionamento das 14 UTIs”, afirmou o médico Amado Rahhal, diretor geral do HB.
Por problemas na última eleição, a Justiça precisou ser acionada. O Juiz da 3ª Vara do Trabalho de Porto Velho, Rui de Carvalho Santos, proferiu sentença anulando as eleições do Sindsaúde, que ocorreram no dia 22 de dezembro de 2008. Desde então o sindicato dos servidores da saúde passa por uma situação diferenciada. Hoje ele é dirigido por uma comissão formada pelos três candidatos que disputaram à eleição anulada.
Participação dos candidatos no movimento
Com a intervenção da justiça, as eleições do sindicato estão sendo coordenadas e observadas pelo judiciário. Por isso, todos os artifícios que poderiam ser usados na nova eleição foram barrados pela ação n° 1213.2008.003.14.00-7 pedida junto à 3ª Vara do Trabalho de Porto Velho. O que restou foi partir para o movimento de reivindicação salarial. Isso pode ser confirmado pela participação dos candidatos no movimento e também pela proximidade da nova eleição para o Sindsaúde, que acontece nos dias 09 e 10 de junho de 2009.
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