Estado inaugura escola e beneficia moradores ao longo do rio Guaporé

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Foto: Divulgação

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O isolamento das comunidades ribeirinhas e a dificuldade de acesso aos serviços básicos são situações conhecidas. Mas, o Governo do Estado tem investido em todas as regiões e promovido ações que contemplam também essas localidades. Na última sexta-feira (01), o vice-governador João Cahulla inaugurou, no distrito de Surpresa, em Guajará-Mirim, a escola Salomão Justiniano de Melgar, que passa a oferecer ensino médio para a população do distrito e das imediações, permitindo que os jovens continuem seus estudos, sem precisar se deslocar até Guajará-Mirim.
 
Acompanhado do deputado estadual Miguel Sena, do prefeito de Guajará Atalíbio Pegorine, do secretário regional Paulo Varejão, do delegado de Polícia Civil Lobo, do major Marconatto, sub-comandante do 6º BPM, do representante de ensino de Guajará, Miguel Edson, entre outras autoridades, Cahulla foi recebido pelos moradores, agradecidos pela obra.
 
“Esse ano, minha filha iria estudar em Guajará, longe da nossa família e com um custo muito alto. Com essa escola, ela só vai sair daqui para cursar faculdade, pois meu sonho é que ela se torne enfermeira”, disse o pescador José Tavares, de 43 anos, pai de quatro filhos e que reside desde que nasceu em Surpresa. “Não sei viver longe daqui”, arrematou.
 
“Uma obra que tem essa importância para a comunidade me deixa muito feliz como homem público e como pessoa. Governar é eleger prioridades e a administração Ivo Cassol tem identificado as demandas e investido nos setores essenciais. Essa escola era uma reivindicação da comunidade e agora se torna realidade”, destacou Cahulla, que anunciou que o estado vai avaliar a construção de uma quadra no pátio da escola.
 
Cahulla também assinou a liberação de convênio no valor de R$ 25 mil, para apoiar a 115ª Festividade do Divino do Vale do Guaporé, que será realizada de 27 a 31 de maior. O convênio atende a emenda do deputado estadual Miguel Sena.
 
Sonho realizado: nova e confortável escola
 
Ao descerrar a fita inaugural, o vice-governador selou a concretização de um sonho antigo da comunidade. Uma escola de ensino médio foi o pedido dos moradores ao governador Ivo Cassol, quando ele esteve na localidade. Os cerca de 220 alunos receberam uma moderna e confortável escola, num investimento de R$ 540 mil, com recursos próprios do Governo do Estado, para a construção de quatro espaçosas salas de aula, biblioteca, cozinha, diretoria, secretaria e banheiros. Na Salomão de Melgar, além dos ensinos fundamental e médio à tarde também funciona o Ensino de Jovens e Adultos.
 
As salas receberam ventiladores, mas os aparelhos de ar-condicionado já estão assegurados e não foram colocados ainda pois a energia não suporta. “Só temos a agradecer ao governo pela obra. Vamos cuidar da nossa escola e nos empenhar em conseguir ampliar a tensão da energia para que as salas possam ter ar-condicionado”, disse a diretora Maria Alessandra Zarmela, que mora no distrito há 15 anos.
 
Algumas comunidades rurais foram criadas nos arredores da localidade, nas poucas áreas que não são reservas ou parques ecológicos. Há seis quilômetros está a aldeia indígena Sagarana, com a predominância da etnia Canoé. Mais de 30 indígenas estudam na escola Salomão de Melgar e, entre eles, o jovem Juscelino Canoé, de 21 anos, que estava há quatro anos parado e agora retomou os estudos, matriculando-se na primeira série do ensino médio. “Meu sonho é ser professor e ajudar meus irmãos da aldeia a aprender. Gosto muito de matemática e estava muito triste sem estudar. Vou me dedicar ainda mais e quero me formar em matemática ou pedagogia”, disse o empolgado Canoé. Mais dois irmãos dele estão no ensino fundamental.
 
Mais de 30 horas de barco
 
Em um barco de passageiros, o trajeto de Guajará-Mirim ao distrito de Surpresa, subindo o rio Guaporé que está cheio, é realizado em cerca de 36 a 40 horas. De voadeira, a média é de cinco a seis horas. Na volta, o barco reduz esse tempo pela metade, enquanto as voadeiras diminuem em cerca de uma hora o tempo gasto no trecho com cerca de 200 quilômetros das águas escuras e velozes do rio fronteiriço.
 
Com cerca de 80 a 100 famílias, Surpresa é um distrito antigo, habitado basicamente por pescadores que há gerações retiram do rio o sustento da família. Entre esses moradores antigos está o cearense Antonio Elias Teixeira, de 71 anos, que reside no distrito há aproximadamente quatro décadas. “Vim ser soldado da borracha, mas acabei ficando e sempre me senti feliz aqui. Fui durante anos o enfermeiro da comunidade e vi muita coisa mudar por aqui, como a chegada da energia elétrica, do telefone e agora essa bonita escola, que vai permitir aos filhos dos ribeirinhos estudarem aqui, sem precisarem ir até Guajará, por exemplo”, destacou seu Teixeira, como é mais conhecido.
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