EXCLUSIVO - Movimento Agrário Popular invade terras do Exército em Rondônia - Veja Vídeo

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Foto: Divulgação

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Um novo capítulo na luta pela terra começou nesta terça-feira (18), com a invasão de uma grande área de terras do Exército Brasileiro em Vilhena (RO) por integrantes de diversos acampamentos de Sem Terras.  Famílias do Nova Canaã de Vilhena, Cambará e Zigolândia de Cerejeiras, além de remanescentes do massacre na Fazenda Santa Elina em Corumbiara partiram em comboio por volta de 11h em direção ao novo sonho de reforma agrária.
A área fica localizada às margens da BR 174, distante cerca de 50 km de Vilhena e possui 18.558,5449 hectares, divididos em diversos lotes, muitos já ocupados por grileiros. O novo acampamento foi levantado à beira de um riacho, a cerca de um quilômetro da fronteira de Rondônia com o município de Juína no Mato Grosso.
De acordo com o ofício 010 de 17 de fevereiro de 2006 do Ministério da Defesa, que se encontra em posse dos lideres da invasão, toda a extensão de terras de Exercito em Vilhena foi declarada disponível para a reforma agrária. Quem assinou o oficio foi o então chefe de gabinete do Comando do EB, General Augusto Heleno Pereira. As terras em questão fazem parte do rol afetado pelo decreto presidencial nº 95.859 de 22 de março de 1988, de lavra do então presidente Itamar Franco.
No local existem diversas fazendas produzindo soja em grande escala, porém estas áreas produtivas não serão alvo de invasão do MAP, apesar das mesmas estarem ocupando irregularmente área federal
DIA D
A liderança do movimento se reuniu em Vilhena, no acampamento Nova Canaã, nas proximidades do aeroporto do município. Entre os líderes estão o pastor Vilson Salgado (Nova Canaã), José Sviderski (Pelé) dos acampamentos Cambará e Zigolaâdia, além de Sandro Barbosa, coordenador da invasão. Todos do MAP – Movimento Agrário Popular “Paz no campo”.
Na breve reunião antes da saída, ficou resolvido que as mulheres com filhos não iriam acompanhar o grupo precursor, já que as crianças se encontram no final do período escolar. “Seria um crime levar as crianças, privando-as da educação, que é a única riqueza que podemos deixar para nossos filhos” afirmou Vilson do Canaã.
Após uma rápida checagem no mapa via Google Earth, o grupo decidiu levantar acampamento nas proximidades da Associação de Pequenos Agricultores Nova Esperança, as margens do rio Ique, a cerca de 40 km de Vilhena. Um ônibus com cerca de 40 pessoas, um carro, três motos e um caminhão carregado de ferramentas e mantimentos seguiu pela Br 174 até a local escolhido, porém integrantes da referida Associação não aprovaram a chegada de novos ocupantes. Seguiram-se momentos de tensão, com cada grupo expondo seus motivos. De facão na cintura, o líder da associação tentou criar uma situação de conflito, prontamente desestruturada pelos integrantes do MAP.
Ficou decidido que outro local para o acampamento seria designado, seguindo o grupo novamente em comboio para uma sítio nas proximidades de um pequeno lago. Rapidamente foi descarregado o caminhão, que entre outros alimentos trazia 700 kg de arroz, 180 kg de feijão, farinha, óleo, macarrão, além de 200 metros de lona preta para a cobertura dos barracos. Foices e facões começaram a riscar o ar, num movimento já feito diversas vezes por alguns homens que ali se encontram. “Vivo embaixo de uma lona há sete anos, só quem passa pelo menos um dia nestas condições sabe o quanto dura é nossa luta. Nem me lembro mais quantos barracos já levantei e depois tive que abandonar embaixo de bala” afirmou um Sem Terra de feições marcadas pelo tempo, que não quis ter seu nome citado.
Já no novo acampamento, ainda sem nome, os integrantes do MAP disseram que a ocupação está só começando. Outras famílias virão, já que a área é muito grande, cerca de 18.500 hectares, o que dá para abrigar aproximadamente 900 famílias em lotes de 21 hectares cada.
Para Sandro Barbosa, principal articulador para a localização da área, disse as que terras, agora ocupadas e que pertencem ao Exército Brasileiro, pode tranquilamente resolver o problema da terra no cone sul do estado de Rondônia.
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