A noite de sábado (15 de novembro) foi recheada de emoções, homenagens e prêmios durante o encerramento da 6ª edição do Fest Cineamazônia – Festival de cinema e vídeo Ambiental, este ano com o tema “Não – A natureza não pode sair de cena”.
Grua posicionada. Carrinho instalado. Fotógrafos e cinegrafista a postos. O cenário estava pronto para receber o homenageado da noite, o ator Antonio Pitanga e também para revelar dos vencedores do Troféu Mapinguari nas várias categorias da Mostra Competitiva. Mais uma vez, Fernanda Kopanakis e Solano Ferreira, atuaram como mestres de cerimônia.
Abrindo a noite, foram exibidos, a animação “Mapinguari”, de Lula Gonzaga, e o vídeo institucional do Fest Cineamazônia e o documentário - Soja, em nome do progresso.
Ao receber a trogéu Maínguari, o ator homenageado declarou que “momentos como este calam fundo e nos emocionam. Quando fui convidado para esta homenagem do Fest Cineamazônia confesso que fiquei surpreso e muito feliz, pois são raras as homenagens recebidas em vida. Em 2009 farei cinqüenta anos de profissão. O Brasil é um país que trabalha a cultura da não-memória, do esquecimento do artista. Chego aqui e vejo que a Chica Xavier, o Clementino Kelé foram homenageados, o próprio Nelson Pereira dos Santos foi homenageado, então isso me toca muito”.
Pitanga elogiou aos organizadores do Festival pela sensibilidade de premiar e homenagear artistas como ele. “O Fest Cine traz o que há de melhor das produções realizadas no país. Antigamente os festivais eram restritos ao eixo Rio/São Paulo, hoje não, agora viajamos e desta forma descortinamos este Brasil de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Esta é a maior vitória, e nesta vitória eu sou lembrado, mesmo nos lugares mais longínquos, estou sendo homenageado. Então realmente valeu a pena ter resistido, ter participado destes momentos do cinema brasileiro, estar vivo, fazendo cinema, participando para merecer e agradecer esta homenagem”.
O primeiro prêmio anunciado foi o ganhador do Prêmio Chico Mendes de melhor roteiro para Leo Falcão, pelo filme “A vida é curta”, que receberia mais dois troféus: O de melhor ator para Fernando Escrichi e ainda o de melhor filme.
O grande vencedor da noite foi “Inventário das sombras”, de Joesér Alvarez que ganhou o Troféu Mapinguari de melhor produção rondoniense, e mais quatro prêmios – Melhor diretor, melhor montagem e melhor trilha sonora rondoniense. Nas categorias melhor vídeo reportagem ambiental rondoniense e vídeo reportagem nacional foram premiados os trabalhos das jornalistas Andréia Fortini e Wagna Vieira, que realizaram respectivamente “Suruí, via satélite” e “Viagens Machadinho”,ambos de Rondônia.
Para encerrar a 6ª edição do Fest Cineamazônia, os organizadores presentearam o público com um show do compositor e cantor Bado e seu Bando com as participações especiais de Eliakin Rufino, Ceiça Farias, Elisa Cristina, Binho e Zezinho Maranhão.
O Fest Cine também promoveu debate com a presença de estudantes, e mesa redonda num barco, em pleno Rio Madeira. O Festival promoveu oficinas de animação, circo e fotografia, Mostra Paralela, e levou o cinema a vários pontos e comunidades da capital, como o Cinema no Terreiro, Cinema no Beiradão, Mostra Arco íris, Cinema no Circo, Cinema nos bairros, A escola vai ao cinema, Mostra Direitos Humanos e homenagens. No que depender dos organizadores do Festival, nem a natureza, nem o homem e muito menos o cinema sairão de cena. O meio ambiente e cultura agradecem.
A 6ª edição do Festival com o tema “Não – A Natureza não pode sair de cena” aconteceu em Porto Velho, Rondônia no período de 10 a 15 de novembro no SESC ESPLANADA, com entrada franca.
Premiados da 6ª edição do Fest Cineamazônia – Festival de cinema e vídeo ambiental:
Prêmio Chico Mendes de Melhor Roteiro – Leo Falcão (Pernambuco) pelo filme “A vida é curta”;
Prêmio Marina Silva de Melhor Montagem – Alessandro Monnerat (São Paulo) do filme “Calango Lengo – morte e vida sem ver água;
Prêmio Silvino Santos de Melhor Fotografia – San Costa (Pernambuco), pelo filme “Uma cruz, uma história e uma estrada”;
Prêmio Capô – Maurice Capovilla de Melhor Linguagem – Eduardo Drachinski (Santa Catarina) do filme “Doce turminha e o bom samaritano”;
Prêmio de Melhor Direção – Catarina Accioly e Iberê Carvalho (Distrito Federal) do filme “Entre cores e navalhas”;
Prêmio de Melhor Ator – Fernando Escrichi (Pernambuco) pelo curta metragem “A vida é curta”;
Prêmio de Melhor Atriz – Lala Schneider (Paraná) pelo filme “Vovó vai ao supermercado”;
Prêmio de Melhor produção rondoniense – Joesér Alvarez (Rondônia) pelo documentário “Inventário das sombras”;
Prêmio de Melhor Documentário (Prêmio ABD/RO – Lídio Sonh) – Sérgio Andrade (Amazonas) “Criminosos”;
Prêmio Melhor diretor rondoniense – Joesér Alvarez (Rondônia) pelo documentário “Inventário das sombras”;
Prêmio Júri Popular (Thiago de Mello) – Luigi Franceschi (Paraná) pelo filme “Ninguém dá bola pro Ernesto”;
Prêmio Melhor Montagem rondoniense – “Inventário das sombras”;
Prêmio Melhor Trilha Sonora original rondoniense – “Inventário das sombras”;
Prêmio de Melhor Reportagem Ambiental Nacional – Wagna Vieira “Viagens Machadinho”;
Prêmio de Melhor Roteiro rondoniense – Joesér Alvarez (Rondônia) pelo documentário “Inventário das sombras”;
Prêmio Menção Honrosa do Júri Vídeo Reportagem Ambiental – Franck Coe (Rio Grande do Sul) por “O Legado”;
Prêmio Manoel Rodrigues Ferreira de Melhor Experimental – Alberto Bitar (Pará) pelo vídeo “Quase todos os dias”;
Prêmio Vitor Hugo de Melhor Ficção – Cristiane Garcia (São Paulo) pelo filme “Nas asas do condor”;
Prêmio Major Reis para Melhor Animação – Leonardo Cadaval (São Paulo) pelo filme “Pajerama”;
Prêmio Danna Merril de Melhor Documentário – Joe Pimentel (Ceará) por “Câmera viajante”;
Prêmio de Melhor Filme – Leo Falcão (Pernambuco) por “A vida é curta”.