O Fest Cineamazônia é coerente com sua proposta de conscientizar e educar para a defesa do meio ambiente através da sétima arte, sendo assim nada mais natural que o Encontro Soy Latino América tenha acontecido num barco em pleno Rio Madeira, na manhã de ontem (13 de novembro) quando a equipe do Festival e seus convidados se reuniram para uma calorosa mesa redonda.
Depois do “Soy Latino América”, o Fest Cineamazônia promoveu na manhã de hoje (14 de novembro) um debate sobre o tema Não – A natureza não pode sair de cena no Teatro Um do SESC Esplanada com a participação de estudantes do ensino fundamental e universitários, público que lotou o local para ouvir os debatedores sob a mediação do professor Marcos Teixeira, da Universidade Federal de Rondônia.
Os debates promovidos pelo Fest Cineamazônia sempre conseguem atrair expressivo público, principalmente professores, estudantes, acadêmicos e sociedade organizada e a imprensa.
Para debater o tema o Festcine contou com a presença de quatro renomados profissionais: O pensador e cronista acreano Antônio Alves, criador, no final dos anos 1980, do conceito “Florestiana”, o poeta e filósofo Eliakin Rufino, que encantou a platéia com sua verve poética e sua espontaneidade, o psicanalista Wagner Waltenberg e o arquiteto italiano Giovanni Allegretti. Personalidades diferentes, mas com o objetivo comum de colocar idéias em discussão.
O debate cumpriu o seu intuito de propor um encontro de experiências e ao mesmo tempo promover reflexão sobre as atividades humanas no planeta e procurar ferramentas para garantir a sustentabilidade dos recursos sócio-ambientais.
O Fest Cineamazônia trouxe quatro grandes nomes, de diferentes regiões do planeta para debater e discutir a natureza, a ética e a sustentabilidade para que a natureza não saia de cena.
A 6ª edição do Festival com o tema “Não – A Natureza não pode sair de cena” acontece em Porto Velho , Rondônia no período de 10 a 15 de novembro no SESC ESPLANADA, com entrada franca.
O Fest Cineamazônia conta com o patrocínio da Petrobras, Ministério da Cultura através da Lei Rouanet, Fundo Nacional de Cultura, tem ainda o apoio cultural da senadora Fátima Cleide, deputado federal Eduardo Valverde, IBM, Governo de Rondônia, Secel, Semed, Fecomércio e parceiros da mídia rondoniense.
Os debatedores
Antonio Alves, cronista, poeta e pensador acreano, criador do conceito “Florestiana” no final dos anos 80 para promover a "cidadania" adaptada à floresta amazônica. Esta palavra define uma idéia simples e genial: se por cidadania se entende o sujeito que habita as cidades compreendendo todo um conjunto de relações e direitos com os outros e o território urbano, na floresta em pé os sujeitos que nela habitam e prosperam só podem ter florestania. Criou-se uma espécie de contracultura ambiental, avessa à depredação dos recursos natural e adversária do desenvolvimento com alto custo ambiental.
Eliakin Rufino, professor, poeta, músico, cantor e compositor, produtor cultural, jornalista e filósofo, traz sua experiência do Estado de Roraima. Tem sua carreira baseada na busca incessante da luta pelo meio ambiente. Eliakin já publicou 8 livros de Poesia, tem composições suas gravadas em coletâneas de festivais e CDs com parceiros. Entre outras atividades Produz e apresenta programas culturais no rádio e na televisão e desde março de 2007 é o diretor do Departamento de Cultura da Universidade Federal de Roraima.
Wagner Waltenberg, mineiro, psicólogo clinico, psicanalista, professor de criminologia e psicologia aplicada ao Direito, conhecedor da realidade amazônica e rondoniense. Atuou em Clinica de Psicologia em Juiz de Fora e Porto Velho. Trabalhou no sistema penitenciário Mineiro e Rondoniense. Atualmente é Membro do Espaço Brasileiro de Psicanálise/RJ e Sociedade de Estudos Psicanalíticos de Juiz de Fora.
Giovanni Allegretti, Licenciado em Arquitetura (1996) e Doutorado em Planejamento Urbano, Territorial e Ambiental (2000) pela Universidade do Florença, Itália. No âmbito do Cinema, é formado na Escola “Immagina” de Florença (2004), e tem participado da organização da sessão “Territórios” do Festival dei Popoli (Festival de cinema documental de Florença, Itália e tem trabalhado como critico de cinema pelas revistas “Testimonianze” e “L’Altracittá” desde 1989.