Com o tema “Arte clínica é levar para cada paciente a ciência médica”, foi realizado nesta sexta-feira, dia 14, no auditório da Faculdade São Lucas, o I Encontro Médico Universitário Cruz Verde, com palestras ministradas pelos especialistas Celmo Celeno Porto (médico cardiologista e autor dos livros Semiologia Médica e Doenças do Coração), Luís Marcelo Aranha Camargo (médico infectologista e pesquisador, coordenador do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, em Monte Negro, e do Curso de Medicina da Faculdade São Lucas), Milton Luiz Moreira (médico cirurgião, secretário estadual da Saúde) e Ivanice Gemelli (médica ginecologista e obstetra). Especialista médico de Goiânia, Celmo Celeno Porto enfatizou os temas “Medicina Baseada em Evidências (MBE)” e “Medicina Baseada em Vivências (MBV)”, conforme a proposta central do encontro.
Segundo Porto, Medicina Baseada em Evidências é o uso consciente, explícito e judicioso da melhor evidência (estatística) disponível na tomada de decisões ao cuidar de pacientes individuais. Celmo Porto informou que converter a necessidade de informações em questões que possam ser respondidas, ou seja formular o problema; analisar as evidências estatísticas para verificar sua validade e utilidade prática (aplicabilidade clínica), rastrear as melhores evidências para responder as questões que podem ser provenientes do exame clínico, dos achados laboratoriais, de exames complementares e da literatura médica; e avaliar o desempenho individual do médico ou das Instituições, são elementos essenciais da Medicina Baseada em Evidências.
Em sua palestra, Celmo Celeno Porto destacou que as qualidades humanas são a essência da Medicina Baseada em Vivências (MBV). Ele citou a integridade, o respeito e a compaixão dentre as qualidades humanas. De acordo com Porto, o médico tem a obrigação de compreender o sofrimento de seu paciente, contudo sem sentir dor, e ter consciência do respeito para com os pacientes. “O médico tem a obrigação de desenvolver a qualidade do respeito e da compaixão aos pacientes, até porque ficar indiferente ao sofrimento significa não ser humano”, observou.