Poluição em Rondônia; o inferno é aqui!

Poluição em Rondônia; o inferno é aqui!

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Foto: Divulgação

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Foto/legenda: O sol que não brilha na região de Vilhena há dias. A intensa bruma de poluição está obrigando até mesmo a iluminção pública de ser ligada durante o dia. (Foto: Elton Bittencourt) A quantidade de gases poluentes provenientes das queimadas em todo o Estado de Rondônia é alarmante. Nas estradas, o número de acidentes aumenta a cada dia, devido a total falta de visibilidade e nos hospitais, pessoas congestionam os corredores. “Não há fumaça significativa em Rondônia este ano. O aeroporto de Porto Velho nem chegou a ficar fechado por conta da falta de visão, como no ano passado”. Essa foi a frase do diretor da SEDAM (Secretaria de Desenvolvimento Ambiental), Augustinho Pastore, em entrevista coletiva à imprensa ontem em Porto Velho, quando as novas metas de ordens judiciais sobre as queimadas no Estado foram anunciadas. Talvez o equívoco do secretário seja pela falta de tempo em acompanhar o noticiário do restante do Estado, ou a informação passada à imprensa talvez não tenha surtido o efeito esperado, pois ninguém é trouxa de acreditar em números, em papéis, sendo que a realidade é uma só: Fumaça, fumaça e fumaça por todos os cantos. Quando usamos o vocabulário caos, catástrofe, muitos perguntam do teor de exagero. O interessante é que, os mesmos que questionam são os mais elucidados possíveis. Gente que sabe sim do que há por detrás de tanta falcatrua do meio ambiente em Rondônia. O assunto queimadas é um deles. Qualquer um sabe que o controle fugiu das mãos das autoridades, que agora, através da imprensa, tentam mudar o jogo para segundo plano ditando que tudo está dentro dos conformes muito bem obrigado. O que Pastore disse sobre Porto Velho é verdade. Na capital não há tanta fumaça como no ano passado, a fim de fechar o Jorge Teixeira, mas no interior a história é outra. De Ariquemes em diante até Vilhena, a visibilidade diurna tem atingido índices muito preocupantes, com picos abaixo de 2000 metros de visibilidade horizontal, um valor considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como Estado de Emergência, pois os riscos aos meios de transporte, aéreo, rodoviário e fluvial são eminentes. Além do agravante com tantos malefícios à saúde da população que sofre com os aerossóis dispersados na atmosfera. A concentração de CO (Monóxido de Carbono) no Estado de Rondônia, por exemplo, está em torno de 5000 ppb (partes por bilhão), quase 5 vezes a mais da quantidade do mesmo gás lançado em Cubatão, em São Paulo, uma região que já foi cena mundial, como uma das áreas mais poluídas do mundo. Em Rondônia, quase que a totalidade de gases nocivos são provenientes única e exclusivamente das queimadas, tão discutidas agora e que o governo teima em esconder que tudo está dentro do controle, mas não está. Quem viaja diariamente pelas estradas do interior sabe muito bem da realidade. O perigo é tanto e as conseqüências dos acidentes são de imediato, que quase não há o se que fazer quando algo acontece nas estradas para reverter a situação. Prova maior tivemos em agosto, com o engavetamento de sete veículos na rodovia BR-364 próximo a Vilhena. A intensa fumaça impediu a visibilidade na estrada e acabou resultando em um grave acidente. Nos rios a situação não é diferente. Os barcos, que já enfrentam problemas com a seca dos rios, agora ficam a mercê de acidentes, pois a fumaça intensa nas águas também impede o trânsito Amazônia adentro. No interior, Ji-Paraná teve as operações no aeroporto José Coleto interrompidas por várias vezes, assim como o aeroporto Brigadeiro Camarão em Vilhena, que há dias opera com cautela nas situações de balizamento, principalmente à noite, quando a visibilidade cai para índices jamais vistos no sul de Rondônia. Por falar em Vilhena, entre o final da noite de terça e a madrugada desta quarta-feira, dados de METAR do aeroporto apontaram para uma marca recorde de falta de visibilidade horizontal na pista. Às 23 horas de terça-feira, a mesma taxa de visão chegou a 1200 metros e pouco depois, às 03 horas, não se via nada após 300 metros. Números esses registrados por dados de METAR no aeroporto. Na cidade, a visibilidade foi bem menor, com marcas de menos de 100 metros. Agora imagine em uma estrada, um carro a 80 km/h, com visibilidade de 300 metros. Se algo de imprevisto acontece na pista, 3 segundos apenas não seriam suficientes para frear o veiculo. Mais um fato justificável para a atenção redobrada nas estradas e na mesma proporção, o número absurdo no aumento de acidentes ocasionados pela fumaça, segundo dados repassados pela Policia Rodoviária Federal, que já registrou um aumento de 50% na quantidade de acidentes, com relação ao mesmo período do ano passado. Vilhena está situada a uma altitude de aproximadamente 600 metros ao nível do mar e era pra ser uma das regiões mais límpidas do Estado, no assunto poluição, mas na atual realidade, é a cidade mais poluída de Rondônia. Os dados de 300 metros registrados no aeroporto local, não eram alcançados desde 1989, quando a então saga de milhares de pessoas vindas de boa parte do Brasil, abriram a densa floresta para o então povoamento e desenvolvimento da região. Não só nos meios de transporte, mas a saúde da população está fragilizada por causa de tanta fumaça, inexistentes por parte dos nossos governantes. A quantidade de pessoas com problemas respiratórios é alarmante. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Rondônia, o número de atendimentos nessa época do ano em postos de saúde e hospitais, é 90% maior que no período de chuva. Os gastos do governo com medicamentos e internações quadruplicam nesse período, mas mesmo assim, um hectare de mata queimada vale mais que uma pessoa na cama de um hospital. Esse é o pensamento do desenvolvimento. E ainda pensam que somos tolos ao ver, ouvir e ler dados de ofícios. Fonte: Policia Rodoviária Federal – Secretaria Estadual de Saúde – CPTEC/INPE – MASTERUSP
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