Comandante do vôo da TAM era natural de Porto Velho

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Foto: Divulgação

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Ao lado do piloto Henrique Stephanini Di Sacco, 53, comandante do vôo JJ 3054 da TAM, estava o também comandante Kleyber Aguiar de Lima, que tinha 13.654 horas de vôo em seu currículo e trabalhava há 10 anos na TAM. Kleyber Aguiar Lima, de 54 anos, era natural de Rondônia, mas foi morar no Ceará com apenas três anos de idade. Era o único homem da família, pois seu pai, Haroldo Ferreira Lima, já era falecido. Solteiro, o piloto residia em São Paulo, mas viajava sempre para Fortaleza nas folgas do trabalho. A ligação com a mãe, dona Maria Guedes, era intensa. “Ele era um filho maravilhoso. Procurava atender a todos os pedidos da nossa mãe. Também sempre foi um irmão muito presente em nossas vidas, carinhoso e compreensivo”, narra Shirley Lima. Ela relata que o irmão estava na TAM há cerca de 20 anos. Antes, trabalhou como teletipista também na área da aviação comercial. Segundo Shirley Lima, o desejo de voar do irmão surgiu cedo, com certeza por influência do pai, à época funcionário da Vasp, atuando na função de telegrafista. Ela garante que o irmão amava sua profissão e a exercia com o máximo de empenho e dedicação. Já o comandante Henrique Stephanini Di Sacco adorava voar, mas, quando estava de folga, não trocava o mar por nenhum outro programa. Reunia a mulher, Maria Helena, e os três filhos e seguia para a casa de praia nos arredores de Maresias, no litoral norte paulista. Além de lazer, a água também foi durante alguns anos fonte de renda da família. Quando se viu desempregado em 2001, após a Transbrasil suspender as operações, o piloto abriu uma empresa de distribuição de água mineral. Deu-lhe o nome de Santa Clara. Nesse período, ele chegou a receber propostas para trabalhar no exterior, mas não quis deixar o país. Ano passado, ingressou na empresa Passaredo, em Ribeirão Preto (SP), onde permaneceu até o início deste ano, quando entrou na TAM. Com cabelos grisalhos desde os 20 anos e cortados à escovinha, Stephanini não bebia e não fumava. Entre os amigos de aviação, o comandante era conhecido pelo jeito brincalhão e sempre de bem com a vida. "Era um meninão, um garoto que adorava brincar", resume o piloto aposentado Walter Chagas, 62, que por 20 anos trabalhou ao lado de Stephanini na Transbrasil, como comandante de Boeing 707. Recordação parecida tem o presidente da Associação de Aposentados da Transbrasil, Francisco Tomaz, que também atuou com Stephanini. "Era tranqüilo, bom profissional, um pai de família dedicado." Havia seis meses que o piloto tinha sido contratado pela TAM. Mês passado, concluiu o treinamento e foi promovido a comandante. "Quando pilotos começam a operar aviões de modelos e fabricantes diferentes, precisam passar por treinamento", explica Tomaz. Para Chagas, Stephanini e o outro comandante do vôo, Kleyber Lima, eram profissionais "altamente habilidosos". Jovem piloto Ao lado de Di Sacco e Lima, o jovem piloto Diego Salsedo, 21, entrou no vôo 3054 pensando na última prova que faria hoje, em São Paulo, para se tornar piloto da TAM. Aprovado em todas as três etapas anteriores de seleção, faria o teste final. Já estava decidido a trocar Porto Alegre por São Paulo e o emprego de piloto na NHT Linhas Aéreas pela TAM. Após a tragédia, o pai dele, Luiz Antônio Salsedo, chegou ao aeroporto Salgado Filho às 13h de ontem para viajar a São Paulo. Com apenas uma pasta nas mãos, levava uma cópia da arcada dentária do filho. "É muito triste. Não existe consolo numa hora dessas. Ele estava indo realizar um sonho." Diego havia concluído há três anos o curso de ciências aeronáuticas na PUC-RS e sonhava em trabalhar em uma grande companhia aérea. O vôo disponibilizado pela TAM para o pai do piloto partiria de Porto Alegre 24 horas depois do 3054, sob o número 3106. Segundo a TAM, por meio de sua assessoria, é procedimento padrão das companhias trocar o número de vôos regulares, como o 3054, quando acontece uma tragédia, por isso o pai do piloto viajou no vôo 3106, que substituiu na grade da empresa o 3054. *VEJA TAMBÉM: * Mais uma família de Ji-Paraná perdeu parente no vôo da TAM * Empresário de Ji-Paraná morre no acidente da TAM
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