Acampamento Flor do Amazonas terá audiência pública na manhã desta terça-feira

No ataque ao assentamento, ocorrido no último dia 29, não foram poupadas nem mulheres grávidas e crianças do ato de terrorismo que que provocou a queima de cerca de 80 barracos. >>>

Acampamento Flor do Amazonas terá audiência pública na manhã desta terça-feira

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

Nesta terça-feira (17), às 10 horas, será realizada uma audiência pública na fazenda Urupá, em Candeias do Jamari, com a participação dos órgãos de segurança pública, ministérios públicos, justiça federal e estadual, Incra, Ibama, entre outros convidados, para tratar do conflito agrário na área e prestar os esclarecimentos às famílias de trabalhadores rurais sem-terra que estão acampadas no local e sofreram um ataque criminoso no mês passado. Na quarta-feira(18) iniciam as ações de emissão de documentos, esclarecimentos jurídicos, instalação de um juizado especial, atendimento de saúde e fiscalização ambiental para as 257 famílias que residem no acampamento, denominado Flor do Amazonas. Toda a operação faz parte do Ação Integrada de Segurança desencadeada na semana passada pelo Gabinete de Gestão Integrada de Segurança Pública (GGI), sob a coordenação do secretário adjunto de segurança pública do estado, Cezzar Pizzano, que já está atendendo com o fornecimento de cestas básicas, lonas, ambulância e viaturas.
SITUAÇÃO DA FAZENDA
A fazenda Urupá possui uma área de 33 mil hectares, considerada terra pública registrada em nome da União. O Senado Federal, em 1983, aprovou uma resolução, em 1983, que autorizava o Poder Executivo a vender a área à Agropecuária Industrial e Colonizadora Rio Candeias (Agrinco). Esta autorização tinha como condição a implantação pela Agrinco de um projeto de bovinocultura na área, bem como o pagamento da terra, o que não ocorreu. Como as cláusulas da resolução não foram cumpridas, o Incra não emitiu o Contrato de Promessa de Compra e Venda - CPCV, nem outro tipo de documento sobre o imóvel. Entretanto, a Agrinco permaneceu na área e vendeu lotes de vários tamanhos a terceiros sem autorização da União. Existem atualmente duas ações judiciais distintas sobre o imóvel. A primeira, proposta pela Agrinco na Justiça Federal de Rondônia, requer autorização para obter titulação do imóvel, que teve decisão favorável ao Incra em 1ª instância. No momento, encontra-se no Tribunal Regional Federal, em Brasília, aguardando decisão. A segunda ação foi proposta pelo Incra, na Justiça Federal de Rondônia, solicitando imissão de posse e até o momento não foi julgada. Dois grupos distintos estão na área. De um lado, os posseiros que compraram lotes da Agrinco, e que se encontram organizados na Associação de Produtores Rurais de Rio Preto e Região (Asprurr). De outro, trabalhadores rurais sem terra aguardando ser beneficiados pelo Programa Nacional de Reforma Agrária, organizados no Acampamento Flor do Amazonas. Se a decisão for favorável ao Incra, a União poderá destinar a área ao Programa Nacional de Reforma Agrária, quando, só então, o Incra implantará um projeto de assentamento. No momento, o Incra está impedido de criar o projeto de assentamento na área em litígio, pelo fato de não ter ainda a posse da área. *- VEJA TAMBÉM: Polícia Federal, Civil e Militar percorrem assentamento atacado por pistoleiros EXCLUSIVO - Dissidência entre assentados do “Flor do Amazonas” pode prejudicar apuração policial de ataque criminoso - Confira os vídeos Terror no assentamento Flor do Amazonas; confira depoimentos e imagens do local - Veja o vídeo
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS