Entidades denunciam no MPF e PF destruição de peças centenárias nas obras da Madeira Mamoré

Da Redação

08 de Julho de 2008 às 17:11

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Entidades denunciam no MPF e PF destruição de peças centenárias nas obras da Madeira Mamoré

Foto: Divulgação

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“Um crime contra o patrimônio histórico do povo de Rondônia”, assim definiu Mayra Banchieri, quanto a ação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no estado que está permitindo a destruição de peças históricas na Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Mayra Banhieri é presidente da Associação de Preservação do Patrimônio Histórico do Estado de Rondônia e Amigos da Madeira Mamoré (AMMA). A presidente da AMMA se refere na sua indignação, especificamente, quanto às peças centenárias encontradas na semana passada no meio das escavações feitas por tratores da prefeitura que realizam as obras de revitalização do complexo Madeira Mamoré. As peças foram encontradas pelo arquiteto Luiz Leite de Oliveira, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) em Rondônia, quanto as máquinas escavavam perto ao galpão conhecido como “oficina”. No momento em que as máquinas estavam passando sobre o terreno Luiz Leite chegou a ver diversas peças espalhadas, mas não conseguiu resgatar por conta dos tratores esmagarem grande parte, porém, dentro do que foi possível, Luiz somente conseguiu resgatar três peças de porcelanas, todas datadas de 1905. DENÚNCIA Diante do descaso do poder público municipal e também do Iphan, de posse das peças centenárias, a presidente da AMMA, acompanhada do arquiteto Luiz Leite e do vice presidente da AMMA, Demétrio Araújo da Silva, protocolou na manhã desta terça-feira(08), denúncia no Ministério Público Federal em que pede que sejam apurados os atos praticados pelo Iphan que, ao permitir que Prefeitura realiza obras no complexo descaracterizando o bem público tombado, está descumprindo com o decreto lei 25/37 e com a portaria que protege o patrimônio histórico sob o nº 231 de 2007. “O Iphan está permitindo que a Prefeitura destrua o acervo tombado no pátio da manobras da Estrada de Ferro Madeira. Um muro construído na época do então governador Jorge Teixeira de Oliveira que estava tombado foi derrubado, e agora com essas peças, ficou comprovado que também está permitindo que peças históricas que deveriam estar num museu, sejam trituradas por máquinas”, ressalta Mayra. Em cumprimento à Legislação Federal, Maysa entregou as peças recolhidas nas escavações na seda da Superintendência da Polícia Federal em Porto Velho. As peças, apesar do visível estado de avaria, foram recebidas pelo delegado Leopoldo Soares Lacerda, na manhã desta terça-feira, através de Auto de Apresentação e Apreensão. O delegado informou que irá apurar o caso e encaminhar as peças para perícia. LEIA TAMBÉM: Peças centenárias são trituradas por tratores no Complexo Madeira Mamoré

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