As chuvas intensas dos últimos meses, que provocaram estragos nas cidades ribeirinhas na região amazônica, também afetaram o campo e prejudicaram a vacinação de bovinos na faixa de Fronteira. Os problemas das enchentes em províncias como a Vaca Diez e Mamoré e Itenez, no departamento do Beni, fizeram com que o governo boliviano pedisse para que haja uma prorrogação para o início do Ciclo de Vacinação na Faixa de Fronteira, e que tem cooperação direta do Idaron.
Por conta disso, a agência de sanidade está ainda à espera de sinal verde para enviar uma equipe da agência formada por técnicos e funcionários apetrechados com vacinas e equipamentos para imunizar mais de 5 mil cabeças de bois no país vizinho. “Nós estamos de prontidão, e prontos para ajudar os produtores bolivianos a vacinar o rebanho deles, afinal, protegendo nosso vizinho, nós também estamos nos protegendo. Queremos lograr risco zero para erradicar a aftosa definitivamente de Rondônia”, salientou o presidente do Idaron, Augustinho Pastore.
A vacinação nesta região, que deve ser efetivada na metade de junho, é estratégica para a pecuária do Estado, já que é justamente nestas localidades onde o risco de ocorrerem focos de reaparecimento do vírus da aftosa é grande. Para se ter idéia em 2005, no estado de Mato Grosso do Sul foi na fronteira, precisamente com cidades Eldorado, Mundo Novo e Japorã que ocorreram os últimos focos de febre aftosa.