O taxista Francisco Gomes da Silva, 33 anos, foi encontrado morto com uma facada no pescoço e outra no peito, além de cortes nas duas mãos, possivelmente provocados quando tentava se defender.
*Ele estava dentro de seu táxi Pálio Weekend, NAR 1271, abandonado na rua Mestre Diogo, no bairro 31 de Março. A polícia trabalha com a hipótese de que o taxista tenha sido assassinado em outro local e abandonado na rua. Dentro do carro foi observado que existia areia possivelmente de praia.
*O crime foi descoberto depois que um morador da rua estranhou ver o veículo parado no local e na contramão, desde as 5h30min, quando saiu de sua casa para ir à casa da filha. Ao retornar às 8h, disse que o Pálio continuava no local. Novamente saiu com a esposa para ir ao médico e, ao voltar, depois das nove horas, observou que o táxi continuava no mesmo local. “Foi então que decidi ligar para o 190 da Polícia Militar e contar do caso. Quando abriram o carro todos se surpreenderam ao ver o motorista morto caído sobre o banco da frente do passageiro”, disse o morador.
*O caso foi registrado no 1º Distrito, mas a equipe de policiais da DGH (Delegacia-Geral de Homicídios) esteve no local do crime e iniciou as investigações ontem, conversando com prováveis testemunhas e colegas de praça do taxista. Uma mulher que trabalha na orla e teve o nome preservado, contou aos policiais que por volta de 1h Francisco tinha ido deixar ela e uma amiga nas suas casas, próximo de onde foi encontrado morto. “Ele era contratado para toda noite nos deixar em casa depois do serviço”, contou.
*Por telefone, às 15h40min de ontem (23), o delegado Glauber Lorenzini, da DGH, informou que a polícia já tinha suspeitos do caso, mas não revelou os nomes. *Taxistas colegas de Francisco informaram que dois fugitivos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, desde o dia 23 de janeiro, Fábio da Silva Barbosa e Armando Ramos de Souza, apelidado de Armandinho, são os principais suspeitos pela morte do profissional e também pelo ataque a outros taxistas iniciado há pelo menos duas semanas.
*Ontem no final da tarde, uma pessoa envolvida com os fugitivos e que também participara da onda de ataques aos taxistas já tinha sido detida para investigação, mas a polícia não confirmou.
*Os taxistas chegaram aos nomes dos suspeitos depois do ataque a outro profissional, ocorrido na madrugada de sábado passado (17), no bairro Jóquei Clube.
*O corpo do taxista foi levado para a Organização Social de Luto e depois para a sede do sindicato da classe, na avenida Brasil, onde está sendo velado e será sepultado ainda pela manhã no Cemitério Campo da Saudade.