A cara do fisiologismo - Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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Cerca de nove meses nos separam da eleição para a prefeitura de Porto Velho. A disputa de caciques continua centrada no possível rompimento do PMDB com o PT. A briga já ganhou contornos de comédia pastelão. Segundo o presidente do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores, Tácito Pereira, o casamento com o PMDB está mais sólido do que nunca. Não é esse, portanto, o pensamento do grupo comandado por Nerival Pedraça, que ameaça melar a aliança dos dois em torno da eventual candidatura à reeleição do prefeito Sobrinho. Tantas são as variantes produzidas de um lado e de outro, que chega a ser difícil saber com quem está a verdade nesse imbróglio partidário. É a linguagem da politicalha buscando, por todos os meios e métodos condenáveis, dissimular a sua inoperância, com uma aparente preocupação com a angustiante realidade social. A postura de membros do PMDB municipal, contudo, reflete, em gênero, número e voracidade, a cara do PMDB nacional. É triste admitir, mas o partido que empunhou a bandeira do movimento político batizado de “diretas já” e contribuiu para o processo de redemocratização do país, que acolheu em seus quadros expoentes lúcidos e pujantes, como Tancredo Neves, Ulisses Guimarães, Teotônio Vilela, dentre outras figuras proeminentes, transformou-se em balcão de negócio, para satisfazer o apetite de fisiologistas da estirpe de Renan Calheiros, José Sarney, Gedel Vieira Lima e Romero Jucá. A política, como se sabe, precisa ser praticada de forma transparente, sem os vícios do passado. Os dirigentes partidários, que teimam em permanecer na crista da onda, negociando suas legendas em troca de cargos públicos, aqui e alhures, precisam atentar bem para a realidade social que atravessamos. O povo não está interessado em pendengas eleitoreiras, muito menos em oposição gratuita, por simples veleidade pessoal ou ambição política, de quem quer que seja. Quem insistir nessa tática, certamente, ficará encalhado nos arrecifes do desalento, até aprender que a política tem que visar à felicidade de todos, e não de uns poucos ou de grupelhos, encastelados no poder. A sociedade não mais vai queimar mirra com os arautos do fisiologismo, principalmente, porque sabe que isso seria um retrocesso. Mas, também, não permitirá que a Porto Velho dos nossos sonhos e das nossas aspirações fique à mercê da politicagem, destituída de conteúdo ético, colocada a serviço de interesses subalternos, que em nada se coadunam com as legitimas aspirações da população. Se Pedraça, Prado e Tácito acreditam que tudo continua com dantes, estão redondamente enganados. Estamos vivendo um momento novo, dentro do qual ninguém pode pretender colher frutos sem primeiro plantar a árvore.
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