Roraima - Dois casos suspeitos de febre amarela são investigados

Roraima - Dois casos suspeitos de febre amarela são investigados

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Foto: Divulgação

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O primeiro caso de suspeita de febre amarela que está sendo investigado este ano é o de uma jovem de 23 anos, que desde o dia 26 de dezembro vem se queixando de febre, dor de cabeça e vômito. Na última passagem pelo Pronto Socorro, na segunda-feira, 14, o caso foi notificado. Ontem mesmo o município fez o bloqueio vacinal nas proximidades da residência da jovem, no bairro Mecejana. Outro registro de suspeita aconteceu em São Paulo. Um caminhoneiro morador do bairro de Baeta Neves, em São Bernardo, foi internado no Hospital Brasil, em Santo André, no último dia 11, com suspeita de estar infectado, depois de contrair a doença em Roraima. A assessoria do hospital não divulgou mais detalhes sobre o caso, se limitando a informar que o caminhoneiro passou por exames médicos e nesta semana o resultado deverá sair. Em Roraima, ao dar entrada no Pronto Socorro, a jovem passou por vários exames, como de hepatite, dengue, malária, leptospirose. Depois da notificação, ontem o município foi a campo fazer a investigação do caso e detectou que a jovem recebeu duas doses de vacina, uma em 2005 e outra em 2006. Pelo quadro clínico e devido às doses da vacina, tudo indica não se tratar de febre amarela, mas a Divisão Municipal de Epidemiologia prefere aguardar o resultado laboratorial para descartar totalmente a suspeita. O material coletado vai para análise no instituto Evandro Chagas, em Belém (PA). A previsão do resultado é entre 10 e 15 dias. Segundo informações coletadas pela Folha, desde o dia 26 de dezembro a jovem vem se queixando de febre e dor de cabeça. A febre amarela tem sintomas parecidos com os da dengue, mas um dos diferenciais é que a pessoa fica com o fundo dos olhos amarelado. Depois de apresentar os sintomas, a jovem foi até o Alto Alegre. A diretora interina do Departamento Estadual de Epidemiologia, Náiade Bezerra, ainda não tinha sido informada sobre o caso. No final da entrevista, outra servidora da secretaria que acompanhou a investigação informou que a suspeita de febre amarela estava descartada, devido à imunização da jovem, comprovada pelo cartão de vacina datado de 8 de dezembro de 2006. Segundo a servidora, o diagnóstico seria hepatite. Procura por vacina dobra Em média são 200 vacinas destinadas às 30 unidades de saúde do município, entre centros de saúde e casas de saúde da família, mas devido aos casos confirmados e às mortes causadas pela febre amarela no país, a procura pela vacina aumentou 50%. O Departamento Municipal de Epidemiologia informou que desde 2005 não se registra nenhum caso da doença na Capital. A principal forma de prevenir a doença é tomando a vacina, principalmente porque Roraima está localizado numa área endêmica. Para quem não tomou a dose ou tomou há mais de dez anos, a diretora interina do Departamento Estadual de Epidemiologia, Náiade Bezerra, orienta procurar os postos de saúde que estão abastecidos. A vacina tem validade de dez anos e é contra-indicada em gestantes, pacientes com imunodepressão e alérgicos à gema de ovo, além de crianças abaixo de 6 meses. Mais de 24 mil doses estão disponíveis em estoque, e segundo Náiade, mais 10 mil devem chegar nos próximos dias. No ano de 2006, o Estado recebeu 100 mil doses, das quais 58.256 foram aplicadas. No ano seguinte, das 131.500 recebidas, 66.557 foram aplicadas. A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta duração, causada por um vírus que ocorre, principalmente, nas Américas Central e do Sul, além do continente Africano. No país, as regiões Norte e Centro Oeste estão classificadas como áreas de risco, além dos estados do Maranhão e Minas Gerais. Em humanos, a contaminação ocorre quando uma pessoa não imunizada entra em florestas ou cerrados e é picada por algum mosquito infectado por macaco ou outro animal. A partir do momento em que o indivíduo contaminado retorna às áreas urbanas, pode servir de fonte de infecção para o mosquito Aedes aegypti e iniciar o ciclo da febre amarela urbana. Os principais sintomas são discretos e podem até ser assintomáticos. Surgem cerca de três a seis dias após a picada do mosquito infectado e as manifestações mais comuns são: febre alta de início súbito, mal-estar, calafrios, dor de cabeça e muscular. Cerca de 15% dos pacientes sintomáticos podem desenvolver a forma grave com vômitos, dor abdominal, icterícia (mucosas e pele amareladas) e manifestações hemorrágicas (sangramento de gengivas, nariz e urina). (RL) Diretora diz que morte em Caroebe não consta no sistema nacional A morte por febre amarela de um garoto de 16 anos do Município de Caroebe, no dia 16 de fevereiro de 2007, foi confirmada pelo Instituto Evandro Chagas no dia 29 de agosto do mesmo ano. A notificação do caso aconteceu dia 13 de fevereiro, mas até agora o caso continua em aberto no sistema nacional. Conforme Náiade Bezerra, do Departamento Estadual de Epidemiologia, ao receber a confirmação da causa do óbito em agosto, encaminhou cópia do resultado por fax para o Município de Caroebe e Brasília. Ela disse que o Estado não pode entrar no sistema e fazer a confirmação, pois é alimentado por cada um dos municípios. O menino começou a sentir os sintomas da doença dia 12 de fevereiro, vindo a óbito quatro dias depois. A notificação aconteceu dia 13 de fevereiro. Segundo explicações de quem manuseia o sistema, depois da notificação, o município tem 60 dias para fechar o caso. No entanto, se dentro de 30 dias não for concluído, o sistema não permite mais visualizar a ficha. O prejuízo que a falta de informações acarreta é que aquela ocorrência não vai entrar para as estatísticas do país e de Roraima, com isso parece que está tudo bem. Apesar das sanções previstas, como corte de recursos, o Ministério da Saúde até agora apenas ameaçou, mas nunca agiu. A Folha procurou o prefeito Ivan Servero e o secretário de saúde de Caroebe, Otávio Lacerda, mas nenhum dos dois foi encontrado para falar sobre o assunto. DADOS – O Ministério da Saúde confirmou que houve uma morte em Roraima no ano passado por febre amarela, provavelmente a informada pelo Departamento Estadual. Nos últimos 11 anos aconteceram 10 mortes em Roraima. Em 2007, teve três notificações, sendo que as duas de Boa Vista foram descartadas. A outra foi a de Caroebe, com óbito em decorrência da doença. *VEJA TAMBÉM * FEBRE AMARELA - Biomédico do Ipepatro destaca que diagnóstico final das amostras pode ser feito na capital * Ministro da Saúde assegura população de não existir risco de epidemia
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