*A Universidade Federal de Rondônia (Unir) amanhecerá, nesta segunda-feira (15), sob intervenção federal, por decisão tomada no Ministério da Educação (MEC). A informação foi transmitida ao reitor Ene Glória da Silveira, da Unir, nesta sexta-feira (12), por telefone, de Brasília, pelo professor Manuel Palácios, da Secretaria de Ensino Superior (Sesur) do MEC, sem, no entanto, revelar a identidade do interventor. O mandato do reitor Ene Glória expira neste dia 14 de janeiro.
*Embora o reitor Ene Glória não tenha confirmado, nos corredores da reitoria correu a especulação segundo a qual a Sesur chegou a consultá-lo sobre a possibilidade de nomeá-lo para o posto, numa espécie de prorrogação do seu mandato, tendo a sugestão sido recusada. Os rumores mais insistentes dão conta de que Ene Glória teria indicado a professora Mariluce Paes, do Núcleo de Ciências Sociais, para o cargo. Mas no gabinete do reitor os funcionários comentam que o interventor viria de fora do Estado.
*A medida foi tomada em decorrência do término do mandato do reitor Ene Glória sem que se tenha prolatado uma sentença quanto ao mérito do processo de consulta à comunidade acadêmica sobre a eleição da lista tríplice de onde seria nomeado o sucessor, interditado pela Justiça Federal. Como o mandato do vice-reitor, José Januário Amaral, só termina em abril próximo, até a manhã desta sexta-feira tinha-se como certo que este substituiria Ene Glória normalmente, com a missão de convocar novas eleições em 60 dias caso a Justiça decidisse pela anulação do processo sucessório ou, até lá, não se pronunciasse.
*Mas, conforme se informou no gabinete do reitor da Unir, a Sesur entendeu que ao vice-reitor compete substituir o titular do cargo apenas em suas ausências por motivo de viagens ou impedimentos por razões de saúde. No caso, o mandato do reitor termina e abre-se a vacância do cargo, segundo o MEC.
*O professor José Januário Amaral foi o vencedor da consulta à comunidade acadêmica sobre o sucessor do reitor Ene Glória e também o primeiro colocado da lista tríplice eleita pelo colégio eleitoral da Unir, formado pelos conselhos superiores da instituição. Mas atendendo a uma petição de alunos, onde se reclamou da legalidade da modalidade paritária do voto adotada no processo, a Justiça Federal interditou a nomeação do reitor e ainda não se pronunciou quando ao mérito da reclamação.