O desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) Domingos Chalub revogou, por volta de 18h30min de ontem (11), a prisão preventiva do procurador-geral de Justiça licenciado, Vicente Cruz.
*O procurador estava sob custódia do Ministério Público Estadual (MPE) desde a madrugada da última terça-feira (9), sem poder deixar o gabinete em que trabalha, na sede do órgão, em Ponta Negra, zona Oeste de Manaus.
*O pedido de revogação da prisão preventiva foi feito pelo então advogado do procurador, Fábio Moraes Castello Branco, na última terça-feira, que argumentou a falta de elementos que comprovem o crime e o fato de Vicente ser réu primário, ter bons antecedentes e ser radicado em Manaus.
*O processo, antes de ser analisado por Chalub, passou pelos desembargadores Manuel Glacimar Damasceno, Djalma Moraes e João de Jesus Abdala Simões, que receberam o pedido e o reencaminharam alegando diversos motivos, entre eles, a suspeição.
*O atual advogado de Vicente Cruz, Félix Valois, disse, ontem à noite, ao sair da sede do MPE, que a prisão foi desnecessária.
* “O procedimento de investigação do MPE continua em andamento”, afirmou ele.
*De acordo com Valois, Vicente não está afastado das funções de procurador. “Ele continua trabalhando. Senão, ele vai viver de quê?”, questionou o advogado.
*O procurador só vai comentar o caso hoje pela manhã, em uma entrevista coletiva, por estar muito cansado. Vicente foi ouvido ontem pela comissão de investigação presidida pelo procurador-geral em exercício, Evandro Farias, numa reunião que encerrou por volta das 20h00min.