Desembargador Cássio Rodolfo é o novo presidente do TRE/RO

Desembargador Cássio Rodolfo é o novo presidente do TRE/RO

Desembargador Cássio Rodolfo é o novo presidente do TRE/RO

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

Em sessão solene realizada na tarde desta sexta-feira, 28, o desembargador Cássio Rodolfo Sbarzi Guedes foi aclamado e empossado como novo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia. Na mesma solenidade, assumiu como vice-presidente a desembargadora Ivanira Feitosa Borges (que abdicou de concorrer a presidente) e também ocupará o cargo de Corregedora Regional Eleitoral. A solenidade aconteceu na sala de sessões do TRE, presidida pelo desembargador Gabriel Marques, e prestigiada por autoridades do Judiciário, Legislativo e Executivo, representantes de vários órgãos, familiares, servidores e imprensa. Os novos membros do TRE/RO assumem a presidência em substituição ao desembargador Gabriel Marques de Carvalho e desembargador Roosevelt Queiroz Costa (vice e corregedor). Em seu discurso, o desembargador Cássio Rodolfo disse que "os constantes escândalos veiculados pela imprensa no dia a dia do cidadão leva-os a pensar que todos os homens públicos do passado e do presente são desonestos e que não dão a mínima para a coisa pública e que pensam só em si mesmos. O Poder Judiciário não pode se furtar de assumir sua parcela de responsabilidade em todos os escalões dos poderes onde a certeza da impunidade faz crescer o ímpeto dos transgressores que sempre buscam aumentar suas contas bancárias. A lentidão recai sobre o Judiciário injustamente. Aqueles que detém o poder de mudar as leis, tornando-as mais severas e eficazes, se escondem atrás de um mandato em busca de negociatas, privilégios e impunidade. É sempre bom lembrar que a grande maioria dos homens públicos é séria, honesta, abomina a prática de atos lesivos ao patrimônio público”. Em outro trecho, o novo presidente do TRE/RO ressalta que “o voto é uma forma que o homem de bem possui para mudar este estado de coisas, exercendo seu direito de tirar e colocar no poder aquele que realmente merece. Exemplo disso: presenciamos em nosso Estado nas últimas eleições após divulgações de fitas de vídeo envolvendo quase todo o parlamento estadual. A mudança na legislação eleitoral é urgente, principalmente no que diz respeito aos inelegíveis. Precisamos de mais rigor para aqueles que vão traçar os destinos de nosso Estado. O aperfeiçoamento da sistemática eleitoral e premente reforma política são ferramentas indispensáveis para a moralização. Não se pode mais admitir que um candidato a ocupar um lugar de destaque na administração pública esteja sendo processado por crimes contra a vida, patrimônio, administração pública, costumes e outros”, afirmou o desembargador Cássio. O desembargador Gabriel Marques de Carvalho se despediu ressaltando que presidiu o Tribunal Eleitoral procurando com denodo, harmonia e profundo respeito à Coisa Pública, concluir os feitos já iniciados, ou mesmo projetados. E lembrou que com auxílio firme dos demais pares da Corte Eleitoral, Rondônia teve uma eleição tranqüila em 2006, coibindo abusos e criando obstáculos para a prática dos mais variados delitos eleitorais, infelizmente ainda tão comuns nos pleitos eletivos. “Foi notória a redução dos crimes eleitorais em todo o Estado e os que se apresentaram foram prontamente investigados e instaurados os respectivos processos, com a presteza da Polícia Federal e do Ministério Público”, lembra. O desembargador destacou o trabalho realizado pela equipe que atua no TRE/RO, agradeceu ao desembargador Roosevelt Queiroz, vice-presidente, aos parceiros que possibilitaram executar o Programa Eleitor do Futuro, à Imprensa, à Policia Militar e Po0licia Rodoviária Federal pela colaboração sempre firme e valiosa e que o resultado dos pleitos com agilidade, seriedade e transparência mostra a importância de todos envolvidos". Confira discurso do desembargador Cássio Rodolfo Sbarzi Guedes após aclamado presidente do TRE/RO para o próximo biênio Saudações e agradecimentos aos presentes “Os miseráveis não têm outro remédio a não ser a esperança” William Shakespeare Já vão longe os tempos de longos discursos. Vivemos uma nova era. Vivemos a era digital, das comunicações, da informática, da comunicação visual e já estamos iniciando o julgamento virtual. Ao mesmo tempo em que prometo ser breve, convido a todos para uma reflexão sobre temas que estão no cotidiano do povo brasileiro. Falta de ética, escândalos, corrupção e impunidade. Os constantes escândalos veiculados pela imprensa no dia a dia do cidadão, leva-os a pensar que todos os homens públicos do passado e do presente são desonestos e que não dão a mínima para a coisa pública e que pensam só em si mesmos. O Poder Judiciário não pode se furtar de assumir sua parcela de responsabilidade pela crescente onda de criminalidade em todos os escalões dos poderes onde a certeza da impunidade faz crescer o ímpeto dos transgressores que sempre buscam aumentar suas contas bancárias. A lentidão recai sobre o Judiciário injustamente. Aqueles que detém o poder de mudar as leis, tornando-as mais severas e eficazes, se escondem atrás de um mandato em busca de negociatas, privilégios e impunidade. É sempre bom lembrar que a grande maioria dos homens públicos é séria, honesta, abomina a prática de atos lesivos ao patrimônio público”. Convivi, nestes 25 anos de carreira, com magistrados do mais elevado espírito público, dedicados e cultos, mas não sou ingênuo. Vez por outra deparamos com magistrados envolvidos em escândalos que abalam a credibilidade do povo. Somos mais de 12.000 magistrados no Brasil, e não se pode exigir perfeição. As exceções confirmam a regra, embora chamem mais a atenção do que a conduta daqueles que dedicam toda a sua vida a um trabalho efetivo e discreto. Na certeza da impunidade, a violência aumenta de forma assustadora nos grandes centros, nas favelas e bairros pobres e desprotegidos pelo Estado. A diferença reside apenas em que os criminosos se protegem. Alguns atrás de uma arma de fogo e outros do mandato. O voto é uma forma que o homem de bem possui para mudar este estado de coisas, exercendo seu direito de tirar e colocar no poder aquele que realmente merece. Exemplo disso, é que presenciamos em nosso Estado nas últimas eleições após divulgações de fitas de vídeo envolvendo quase todo o parlamento estadual. A mudança na legislação eleitoral é urgente, principalmente no que diz respeito aos inelegíveis. Precisamos de mais rigor para aqueles que vão traçar os destinos de nosso Estado. O aperfeiçoamento da sistemática eleitoral e premente reforma política são ferramentas indispensáveis para a moralização. Não se pode mais admitir que um candidato a ocupar um lugar de destaque na administração pública esteja sendo processado por crimes contra a vida, patrimônio, administração pública, costumes e outros”. No Poder Judiciário, temos hoje, além das Corregedorias, o Conselho Nacional de Justiça que está atendo a todos os fatos que envolvem os magistrados brasileiros, e que tem por objetivo prestar a jurisdição de forma mais rápida, eficaz e transparente. A certeza de impunidade é tamanha ns instituições que comandam o Estado que, em recente episódio envolvendo um Senador da República, o Conselho de Ética se viu perdido para conduzir o processo de elaboração do parecer, ante a falta de um regimento que norteasse os trabalhos. Vivemos a era da falta de tempo, mas é preciso que se modifique a cultura no País num compromisso com a ética onde devem concorrer a Magistratura, o Ministério Público, o Poder Executivo e o Legislativo para que o povo torne a acreditar no homem público, aquele que zela pelo seu bem estar. A ética, a honestidade, o compromisso são como um jardim: se não forem cultivados não podem ser colhidos. O desenvolvimento das Instituições é o único meio de fortalecer a democracia e preservar a liberdade. Numa república democrática, o governo é das leis e não dos homens. Nas palavras do Ministro Marco Aurélio “ a República não suporta mais tanto desvio de conduta”. O sociólogo Betinho, em uma de suas palestras afirmou: “O Brasil tem fome de ética e passa fome em conseqüência da falta de ética na política”. Vamos dar aos miseráveis o remédio que tanto precisam: a ética, honestidade e compromisso pra que realmente possam ter esperança. Vamos conclamar o povo para o voto consciente, que é a cura, e não pela anulação do escrutínio que é a doença. Inúmeros são os desafios que estão à nossa frente, que não se cingem à mera supervisão e fiscalização. O magistrado moderno exerce também as funções de administrador. Na administração, a prudência e o formalismo cedem lugar à agilidade, o apoio às iniciativas, a motivação dos subordinados e estímulos a novos talentos. Precisarei da colaboração dos servidores desta Corte e aqui não reside minha preocupação: capazes, eficientes, de excelente nível cultural, dedicados e selecionados em rigorosos concursos. Preparado para as mudanças, conto com o apoio da Desembargadora Ivanira Feitosa Borges, magistrada vocacionada, serena e justa que estará à frente da Corregedoria deste Tribunal. Peço a Deus que me ilumine nesta jornada e se um dia me deparar com Ele, pedirei que me julgue como Deus, pois eu julguei como homem.
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS