ARTIGO - Onde vamos parar? - Por: Edwaldo Viecili

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Foto: Divulgação

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*No espaço de uma semana, dois alunos foram baleados por colegas no interior de escolas em Porto Velho. *O primeiro, um menor de 16 anos, faleceu após ser atingido por um disparo “acidental” provocado por um colega, enquanto nos sanitários da escola um grupo de alunos comparava as armas que traziam em suas bolsas escolares. *No outro “acidente” a vítima, uma jovem de 19 anos, sabendo que o colega de 14 anos estava armado, perguntou se ele teria coragem de atirar nela. Ao sacar a arma da cintura esta disparou “acidentalmente” atingindo a vítima no pé (Graças a Deus). *O que é que está acontecendo? Não em Porto Velho, mas no Brasil? *Eu me lembro quando freqüentava o Colégio Nossa Senhora de Fátima e depois o Colégio Marista, em Londrina no Paraná. Tínhamos nossas bolsas revistadas quase que diariamente. Primeiro por nossas mães, antes de sair de casa. E quando chegávamos na escola, novamente éramos revistados, mas, não a procura de armas. É que naquele tempo nossas diversões eram os piões, as bolinhas de gude (aqui chamam de peteca), os bilboquês (aqui chamam de curriboque). *Alguns colegas praticamente não levavam cadernos, nem livros para a escola. Chegavam com a bolsa cheia de piões, de vários tamanhos, decorados artesanalmente. Bolinhas de gude, então, levávamos de saco. “Mata-mata, último ganha...” Era o grito desafiante que se ouvia já na saída das salas de aulas para o recreio. “Último à sela no pião”, era outro grito muito ouvido naquele tempo. E posso assegurar que éramos muito felizes sendo vigiados repreendidos e de vez em quando levávamos umas palmadas e nem por isso crescemos com problemas emocionais ou psicológicos, ou seja, lá o que for. *Aprendemos desde pequenos que “nossa liberdade termina onde começa a liberdade dos outros”. Aprendemos a oferecer nosso lugar a uma pessoa mais idosa. Oferecer o lugar a uma senhora ou senhorita, a respeitar os pais e aos superiores (no caso aos professores e dirigentes escolares). *E hoje o que vemos: o filho batendo na mãe, agredindo e até matando o pai. Se fazem isso em casa, imagina o que farão nas escolas, nas “baladas”. *Conversando com minha amiga Vera, que é professora de religião em uma escola de Porto Velho, ela nos confidenciou que está a ponto de pedir escolta policial para manter o respeito e a atenção necessários para poder ministrar uma aula. Com receio de ser agredida (pasmem) por alunas e alunos. *Estes acontecimentos (os tiros nas escolas) e tantos outros que acompanhamos através dos noticiários deixam vários questionamentos no ar: O que está acontecendo? *Como foi que chegamos a este nível de relacionamento? Onde vamos parar? O que estão fazendo os pais desses meninos que estão se acabando sem nem estarem completamente formados? Não digo culturalmente, mas não conseguem chegar a idade adulta, por que estão se matando antes de atingir a maturidade. *O que podemos perceber é que os pais deixaram a coisa correr muito solta. Transferiram a responsabilidade da educação e principalmente da criação de seus filhos para terceiros. Pensam que a escola, os professores, os parentes e os amigos é que têm a responsabilidade de educar os seus filhos. A ausência de um acompanhamento mais próximo e mais enérgico por parte dos pais possibilitou o surgimento dessa geração de irresponsáveis. *Creio perdemos completamente a noção do que seja uma família. Do que seja a vida em sociedade. *É por isso que está faltando: respeito, compreensão, limites, responsabilidade ou comunicação? *Embora os avanços da tecnologia estejam criando novos meios e formas de comunicação, hoje é mais fácil, e prazeroso, manter um relacionamento via internet com pessoas do outro lado do mundo do que assumir a responsabilidade de educar um filho em nossa casa. Estamos trocando a oportunidade de manter uma conversa franca e aberta com nossos filhos pelas conversas descompromissadas e programas via satélite que nos remetem ao mundo da fantasia. *Embora debaixo do mesmo teto vivemos realidades completamente diferentes. *Edwaldo Viecili é publicitário em Porto Velho. *VEJA TAMBÉM: * ARTIGO - De Ellen Grace à Evo Moralles – mordi a língua - Por Almir Cunha * ARTIGO - Realidade fantástica - Por Hamilton de Lima e Souza
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