Bolívia vive fragilidade institucional, diz líder opositor de Evo Morales

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Foto: Divulgação

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O deputado Peter Maldonado, de 31 anos, faz oposição ao governo do presidente Evo Morales, mas tem postura moderada. De um partido centrista, o Unidade Nacional (UN), Maldonado afirma que a Bolívia passa por um momento de fragilidade institucional e radicalização política. Maldonado cita dois fatores da fragilidade institucional: a crise pela qual passa o Tribunal Constitucional que, após a renúncia do ministro Walter Raña, está sem capacidade de deliberar; e os problemas com seguidas ameaças de renuncia dos magistrados que formam a Corte Eleitoral. Segundo ele, tanto o Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Morales, quanto o Poder Democrático e Social (Podemos), liderado pelo ex-presidente Jorge Quiroga, buscam apoiar-se no confronto, evitar o diálogo e deixar que a legitimidade eleitoral os conduza. O deputado avalia que da mesma maneira que a aprovação da nova Constituição nacional está recheada de dúvidas, o projeto de autonomia aprovado pelo departamento [estado] de Santa Cruz não está sustentado na legislação vigente. “O projeto autônomo também é ilegal porque não está baseado em nenhuma lei”, diz o líder do UN. Apesar de criticar a maneira como o departamento fronteiriço ao Brasil conduziu a votação do projeto de autonomia, Maldonado defende que os departamentos tenham mais força política e institucional em relação ao governo nacional. Favorável à nacionalização do petróleo e do gás natural, o deputado do Unidade Nacional afirma que Morales errou nas negociações com a Petrobras e analisa que a retomada das negociações é uma chance de o país explorar melhor seus recursos naturais. “O Brasil é o principal parceiro comercial da Bolívia, em termos gerais, e é preciso aproveitar as oportunidades que traz o crescimento econômico brasileiro e impulsionar a parceria”, diz. Na última votação que teve no Congresso, quando foi aprovada o programa da Renda Dignidade, que usa recursos de um imposto repassado aos departamentos, Maldonado teve de entrar disfarçado de pedreiro no edifício por conta do cerco feito por militantes do MAS. *VEJA TAMBÉM * Atletas paraolímpicos rondonienses retornam do Campeonato Brasileiro de Tiro com Arco * Ex-deputado Nereu Klosinski processa deputado Alexandre Brito
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