Jornalista passa por constrangimento após ser detido dentro de agência do Banco do Brasil na capital

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Foto: Divulgação

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Na tarde desta segunda-feira (10), funcionários do Banco do Brasil da Agência das Nações Unidas chamaram a Polícia Militar para conduzir o jornalista e cliente correntista, Luiz Alexandre (25), para a Central de Polícia. Seu “crime”: ter reclamado por estar esperando atendimento na fila interna por cerca de duas horas e ter registrado algumas fotos com sua máquina fotográfica dos caixas fechados e do único que estava funcionando e de toda aquela situação de descaso para com os clientes que ali aguardavam. De acordo com o jornalista, antes de tirar as fotos, o mesmo se dirigiu a um dos funcionários e questionou se o atendimento poderia ser agilizado, contudo, foi informado que não era possível, pois os caixas tinham hora para fechar. Decorridos uns 20 minutos, no momento em que tirou as fotos, foi abordado por um dos funcionários que de forma arrogante e em alto tom disse que ele não poderia tirar fotos da Agência. “Foi quando falei que era jornalista e que estava no meu direito de cobrar um atendimento eficiente, pois já se encontrava a cerca de duas horas naquela fila”, informou. “Como resposta, o funcionário que não estava devidamente identificado e não teve o nome revelado por nenhum dos funcionários do banco com a alegação que não tinham essa autorização, me disse que o fato de estar ali na fila era problema meu e não do banco, e que ali não era minha casa para ficar tirando fotos”, revelou Alexandre. Conforme Luiz Alexandre, neste momento um dos funcionários ligou para a Polícia Militar e uma discussão generalizada envolveu outros clientes que ali estavam, sendo que o professor de inglês, Marcelo Zaboetzki (29), chegou inclusive a ser agredido verbalmente em público pelo funcionário que lhe chamou de “palhaço”. “Registrei ocorrência contra o banco, pois acho um absurdo ser destratado publicamente sendo que estou no meu direito de cobrar atendimento rápido, até porque existe uma lei pertinente que diz que não posso ficar por mais de meia hora em fila de banco para ser atendido”, declarou.
ATENDIDO E PRESO
Luiz disse que depois da discussão inicial, chegou a ser atendido, e que nesta ocasião foi informado pelo funcionário exaltado que as câmeras de vigilância tinham monitorado todo o fato, e que se alguma foto fosse publicada mostrando o rosto dos funcionários e se alguma coisa acontecesse a eles, o mesmo seria responsabilizado. “Depois de ser atendido, fui informado que não poderia sair do local, ou seja, fiquei preso dentro da agência até a chegada da PM”, afirmou. Quando a reportagem chegou à Agência, o ambiente estava tumultuado com duas guarnições da Polícia Militar e a presença da imprensa. O jornalista informou que teve a sua bolsa confiscada no momento da abordagem e que foi indagado por um sargento da PM se seria necessário o uso das algemas para conduzi-lo até à Central de Polícia. “Fui levado à delegacia dentro da viatura e lá fiquei isolado em uma das cadeiras junto com outro conduzido, sendo informado pelo comissário de plantão que se dali levantasse seria colocado dentro da cela”, disse indignado. Depois de ser ouvido pelo delegado de plantão, Thiago Araújo Laiola, o jornalista foi liberado, uma vez que não praticou crime algum. Logo após, os dois correntistas foram ao Ministério Público protocolar denúncia contra o Banco do Brasil.
BANCO JÁ RESPONDE PROCESSO
A Associação Cidade Verde, entidade civil de finalidade social, sem fins lucrativos, situada na capital, através de seu advogado, Gabriel Tomasete, havia entrado com Ação Civil Pública, com o processo de número 001.2005.00172-38, que corre na 2ª Vara Cível, contra essa mesma agência do Banco do Brasil, na avenida Nações Unidas. Ela está na lista de bancos que foram citados por irregularidade contra o consumidor, no caso os clientes e pessoas que utilizam os serviços bancários. Na citação da Associação Cidade Verde duas voluntárias foram utilizadas para conhecer in loco a situação das agências bancárias na capital, nos autos do processo constam os nomes e endereços das mesmas, onde no período de 28 a 31 de janeiro, mais o dia 01 de fevereiro de 2005, as duas constataram as falhas e descreveram em relatório toda a situação, incluindo depoimentos de clientes insatisfeitos. As reclamações são antigas e nenhuma providência foi feita para minimizar os problemas citados no processo, especificamente na agência Nações Unidas do Banco do Brasil ficou constatado, conforme descreve relatório: “Banco do Brasil (av. Nações Unidas, 628): O vigilante da Norsegel impediu que as voluntárias entrassem para fazer a pesquisa. Somente com a presença do gerente (Francisco Flávio Diamante) foi que puderam saber que a gerência não possui sanitários, tendo fila específica para o idoso, mas, segundo o Sr. Sidnei Mendes da Silva, o atendimento é péssimo. (...) Os “caixas” (funcionários dos bancos) formam um contingente insuficiente, não conseguindo atender a demanda de maneira aceitável. Entre alguns depoimentos colhidos pelas voluntárias constam inúmeras reclamações, as mais relevantes dispostas nos autos foram essa: “Sempre que venho a esta agência (Banco do Brasil) é sempre esta fila de mais de uma hora. Perco meu horário de almoço no banco. É revoltante.”, outro depoimento aponta uma deficiência que foi encontrada em boa parte dos bancos da capital: “Um dia que estava na fila precisei ir ao banheiro, mas não encontrei nenhum. Fiquei na fila ‘apertado’, em pé, por uma hora e meia. Somos tratados como animais, mas não há alternativa. Precisamos deste serviço.” Em uma das últimas audiências envolvendo as partes citadas no processo, o advogado do Banco do Brasil pleiteava a retirada da agência do pólo passivo, por entender que os problemas encontrados pela Associação Cidade Verde já estavam corrigidos pelo Banco, o que posteriormente foi constatado que não havia realizado a contento as mudanças exigidas. O processo está parado desde maio desse ano. Confira a Ação Cível clicando no link abaixo: *- AÇÃO CÍVEL
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