ARTIGO: Dia da Cultura: Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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Por iniciativa do vereador Mário Jorge (PDT), a Câmara Municipal de Porto Velho realizou uma Sessão Especial, segunda-feira (5), às 16h, para comemorar o Dia Nacional da Cultura. Participaram da solenidade, dentre outras personalidades ilustres, artistas, escritores, poetas, produtores culturais, jornalistas e historiadores da estirpe de Matias Mendes, Francisco Matias e Yêda Borzacov, pessoas que ocupam posições cimeiras no seio da intelectualidade rondoniense, pela agudeza mental, soberba vastidão da cultura e extraordinária capacidade de produção. Possuem as eminentes figuras de letras e de pensamento trabalhos valiosos sobre a cultura rondoniense. Matias Mendes, por exemplo, compôs belos poemas, cuja singeleza é a película transparente que recobre trechos de inspiração e beleza. Ao usar da palavra, a professora Yêda Borzavoc destacou a importância da cultura como fator de humanização. Para a experiente historiadora, cultura e comunidade precisam andar de mãos dadas. A poetisa aproveitou para lembrar a herança cultura dos seus antepassados e, de quebra, agradeceu o empenho do presidente da Casa, vereador José Hermínio, para reformar o antigo prédio onde funcionou a Câmara Municipal, na ladeira Comendador Centeno. Assino em baixo acerca do que afirmou a respeitada mulher de letras. E ouso acrescentar que a área cultural, nos três níveis de governo, está completamente abandonada. Reparem-se os nossos monumentos históricos. A paisagem é tétrica. Tome-se, como exemplo, o prédio da Academia Rondoniense de Letras, desde há muito transformado em depósito de lixo. Outros, no entanto, viraram refúgio de marginais e animais peçonhentos. E o que dizer, ainda, da biblioteca Francisco Meireles? Hoje, Porto Velho é uma cidade desfigurada, com sua estrutura arquitetônica carcomida pela ferrugem do tempo e, principalmente, pela incúria das autoridades. Não poderíamos ficar infensos ao progresso. Dir-se-iam os incautos. O problema é que o conceito deste sofreu deturpações de toda ordem, permitindo uma confusão entre qualidade e quantidade. Atualmente, se temos mais de quatrocentos mil habitantes, chega a ser acaciano dizer que esse dado numérico, de per si, não é nem pode ser o parâmetro absoluto para afirmar que crescemos. Pelo contrário, mantivemos uma estrutura anã, enquanto os membros se agigantaram de modo incontrolável, provocando o surgimento de uma cidade teratologicamente desequilibrada. São sabidos e ressabidos os inúmeros fatores concorrentes para deixar Porto Velho no estado de penúria em que se encontra. Lamentá-los, contudo, não vem ao caso, pois implicaria numa atitude meramente contemplativa, de nenhum efeito prático. Importa mais compreendê-los a fundo, com vistas a permitir que se evite a reincidência, buscando, ao mesmo tempo, a imediata implantação de mecanismos recuperadores. Ninguém há de nutrir, porém, a ilusão de que seja tarefa fácil e de efeitos imediatos. Está acobertado de razão, portanto, o professor Emanuel Gomes da Silva, quando disse, em discurso emocionado, que alguns administradores da coisa pública parecem que odeiam a cultura. Enquanto uma autoridade, representante da área cultural, deitava loas ao seu chefe, dizendo que, no atual governo, era assim, assado e cozido, o poeta Matias Mendes acabara de confidenciar a um colega que havia tirado do próprio bolso os recursos para custear a edição de suas mais recentes obras. Um paradoxo infame! A cidade de Porto Velho precisa ser mais amada e respeitada, especialmente por seus dirigentes. É claro que se não pode esperar tudo do poder público. Essa é uma tarefa e todos, não somente dos que aqui nasceram, mas, também, dos que para cá vieram por opção. Se não enfrentarmos essa realidade, aqui e agora, não poderemos fugir à responsabilidade que a história por certo colocará sobre nossos ombros, e o que é pior, não teremos como apresentar justificativas para os nossos filhos e netos. Eles não teriam por que ser complacentes com a omissão.
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