Difícil imaginar a situação de Waldir Pacheco Nunes, membro do Clube de Jipeiros de Porto Velho, quando recebeu a oferta da produção da rede Globo do aluguel do seu veículo, um Jeep Willis 1942 reformado para ser utilizado como veículo de cena da minissér
*Foto/legenda: Em sentido horário, o ator Jackson Antunes (camisa preta), o ator Emílio Orciolo Neto ao lado de Waldir (camisa branca), o Jeep (no detalhe) e Waldir ao lado da atriz Letícia Spiller
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Difícil imaginar a situação de Waldir Pacheco Nunes, membro do Clube de Jipeiros de Porto Velho, quando recebeu a oferta da produção da rede Globo do aluguel do seu veículo, um Jeep Willis 1942 reformado para ser utilizado como veículo de cena da minissérie “Amazônia, de Galvez a Chico Mendes”, que entre os meses de agosto e outubro fora rodada em Manaus (AM) e nos municípios de Quixadá e Porto do Acre (AC).
Mas, depois do susto imediato, Waldir não só concordou em alugar o veículo, como acompanhou as gravações no Acre, onde esteve perto de atores, técnicos, diretores e produtores da minissérie.
*O Jeep de Waldir é um veículo raro na categoria e, segundo consta, um dos raros que ainda circulam pelo país, pois se trata de uma genuína fabricação norte-americana. Como proprietário zeloso, o carro foi conduzido até Rio Branco através de uma “Cegonha”, via caminhão, e depois levado até os locais de gravação. Algumas adaptações foram necessárias para o seu uso. De acordo com Waldir, foi retirada a capota e o farol de milha.
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A MINISSÉRIE
*A minissérie escrita por Glória Perez, tendo como base o livro de Márcio de Souza, “Galvez, o imperador do Acre”, aborda 100 anos da história áurea da borracha, em plena Revolução Industrial, com a história iniciando no final de 1899, mostrando três fases da conquista, em épocas distintas da região acreana e amazonense, com a presença de heróis como o espanhol Luis Galvez, personagem que será interpretado por José Wilker; o militar Plácido de Castro, por Alexandre Borges, e o seringueiro Chico Mendes, por Cássio Gabus Mendes.
*Outro destaque na minissérie que será apresentada é a conquista do Acre por meio do cotidiano de duas famílias, que representam as classes socioeconômicas predominantes na região, a do seringalista e a do seringueiro, e suas perspectivas em relação às constantes disputas no estado.
*A minissérie tem previsão para entrar no ar na rede Globo em Janeiro, finalizando sua exibição em fevereiro.
*GRAVAÇÕES
*Waldir disse à reportagem do Rondoniaovivo.com que as gravações foram encerradas na última segunda-feira (23). Atores e até membros das comunidades das cidades de Quixadá e Porto do Acre foram utilizados pela produção
*Em posse de uma câmera fotográfica e com livre acesso entre as gravações, Waldir foi colhendo simpatia com os atores – entre eles Jackson Antunes, Emílio Orciolo Neto e Letícia Spiller - e integrantes da produção.
*De acordo com ele, entre as cenas presenciadas, estava conflitos com os índios, na época da exploração dos seringais, a construção de uma vila, reproduzida tal e qual como eram na época em que a comunidade da localidade dependia do manejo da borracha.
*Waldir acompanhou algumas gravações da minissérie, onde foi construída uma vila para atender as necessidades da produção da época, resgatando a história daquela região em seus primórdios em relação a exploração da seringa.
*O Jeep foi transportado até o local de gravação através de carreta, de uma Cegonha. Não foi realizada nenhuma adaptação no veículo, apenas retirados de alguns acessórios, como a capota e o farol de milha.