NOTA DO RONDONIAOVIVO - Caso Tim Lopes

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Foto: Divulgação

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A reportagem do Rondoniaovivo estava presente no local e presenciou a acusação do militante petista. Em respeito a memória do jornalista investigativo, o jornal decidiu publicar as acusações do advogado, que deve provar as afirmações sob pena de injuria e difamação. Para fins de defesa do Webjornal, foi coletada a lista de presença com os nomes, telefones e e-mails dos presentes no WorkShop. A reportagem tentou conseguir o telefone do advogado Valdecir Nicácio com a direção estadual do PT para o mesmo ser ouvido. Até o momento, nenhum dirigente forneceu o número do telefone do advogado, afirmando que desconhecem o mesmo. Confira reportagem sobe o caso Tim Lopes De bermuda, com uma velha camisa amarela e sandálias, como um típico carioca do morro, o jornalista Tim Lopes, 51 anos, saiu da sede da TV Globo no dia 2 de junho de 2002 para fazer a sua última grande reportagem investigativa. Levava uma microcâmera escondida dentro da pochete presa à cintura para filmar um baile funk na favela da Vila Cruzeiro, uma das 12 favelas integrantes do morro conhecido como Complexo do Alemão, no bairro da Penha, subúrbio do Rio de Janeiro. Ele havia recebido uma denúncia dos moradores da favela de que nos bailes patrocinados por traficantes acontecia a exploração sexual de jovens e o consumo de drogas. Os moradores pediam ajuda. Aquela seria a quarta vez que Lopes subiria à favela para realizar esta reportagem. Nas duas primeiras, fez o reconhecimento de área. Na terceira, levou a microcâmera, mas as imagens não foram consideradas boas o suficiente para sustentar a denúncia - ele não tinha imagens do baile. Por isso, voltou ao local. A combinação era que o motorista, contratado pela TV Globo especialmente para o serviço, o pegasse no morro às 20h. No horário previsto, entretanto, Lopes avisou que precisaria de mais tempo para completar o trabalho. Pediu que o buscasse novamente às 22h. O motorista voltou como foi combinado, mas o jornalista não apareceu. Marcelo Moreira, 32 anos, chefe de reportagem da TV Globo no Rio de Janeiro, conta que, quando o motorista ligou para a redação avisando que o jornalista não havia aparecido, foi recomendado que ele esperasse por Lopes até a meia-noite. “A questão do horário é rígida, mas ele foi num baile funk, não tinha horário para acabar, e fomos levados a crer que o baile tinha se estendido por causa do jogo do Brasil (durante a Copa Mundial de Futebol)”, explica Ali Kamel, 40 anos, diretor-executivo de Jornalismo da TV Globo. Moreira chegou mais cedo na redação, por volta das 4h, devido ao jogo, que começaria às 6h. “Quando desconfiamos que algo de errado havia acontecido, ligamos para todo mundo”, disse Moreira. O que se seguiu foi o início da busca de Lopes que culminou, uma semana depois, com o anúncio de sua morte e a troca de farpas entre autoridades locais e nacionais na tentativa de encontrar os culpados e pela ineficiência do poder público diante do poder estabelecido pelos traficantes de drogas. A morte de Lopes foi confirmada depois da prisão de Fernando Sátiro da Silva, o Frei, e Reinaldo Amaral de Jesus, o Cabê, dois integrantes da quadrilha do traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, um dos líderes do grupo criminoso Comando Vermelho, que detém o poder no Complexo do Alemão. Os depoimentos dos presos indicam que o jornalista pode ter sido identificado pelos traficantes como sendo como o autor da reportagem “Feira de Drogas” veiculada pela TV Globo em agosto de 2001. Na reportagem, Lopes filmou, com uma microcâmera escondida, a venda de drogas nas ruas do morro do Alemão. Depois que sua reportagem foi ar, foram presos traficantes e o negócio foi interrompido por um tempo, causando prejuízos aos narcotraficantes. Segundo os depoimentos colhidos pela polícia, os traficantes teriam levado o jornalista da favela Vila Cruzeiro para a favela da Grota, onde estava Elias Maluco. Ali teriam feito um “julgamento” para decidir se o matariam. Ele foi barbaramente espancado e torturado. Seu corpo foi esquartejado e queimado em pneus numa gruta, método conhecido como “microondas” e muito usado por traficantes para matar policiais ou informantes e eliminar rastros que podem servir de provas contra seus assassinos. A prisão de Elias Maluco, que passou a ser chamado de “bandido mais perigoso do Rio de Janeiro”, e dos demais assassinos do jornalista foi definida como uma “questão de honra” por representantes do governo do Rio do Janeiro. Durante uma semana, a polícia realizou incursões diárias no morro, em busca do corpo do jornalista e dos culpados, ou de testemunhas que possam levar aos assassinos. Até o dia 17 de junho de 2002, foram identificados nove integrantes da quadrilha de Elias Maluco que teriam participado do assassinato de Lopes. Dois estão presos. Ângelo Ferreira da Silva, preso em 13 de junho, confessou que estava no carro Palio que teria transportado Lopes da Vila Cruzeiro para a favela da Grota, onde estava Elias Maluco. Segundo Silva, Lopes estava amarrado e ferido à bala na perna quando foi colocado no carro. Ele relatou as cenas de tortura pelas quais passou o jornalista, mas disse que não estava presente quando Lopes morreu. Revelou também os nomes de outros dois envolvidos no assassinato. Elizeu Felício de Souza, o Zeu, preso em 14 de junho e apontado como um dos seguranças de Elias Maluco que teria assistido à execução de Lopes, confessou que comprou gasolina e diesel em um posto de gasolina perto da entrada da favela Nova Brasília, que integra o Complexo do Alemão. Zeu disse ter entendido que um inimigo da quadrilha teria o corpo queimado, mas não confirmou se era o de Lopes.
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